Costeira do Pirajubaé, o McCarthur Park de Floripa |
A música norte americana é certamente a mais tocada no ocidente.
Não estou dizendo que seja a melhor, supondo e já concluindo que quantidade não quer dizer qualidade. Além disso, estou convencido que arte não é comparável ou intercambiável entre si, tal como um pote de margarina ou pacote de sabão. No caso da música, menos ainda, por que se trata de algo completamente subjetivo, um produto que não pode ser julgado pelo público consumidor, pelo simples motivo de que o gosto musical é algo absolutamente pessoal. Eu posso achar o máximo uma sonata de Bethoveen, enquanto meu vizinho é capaz de dormir de tédio. O contrário pode acontecer, dele se entusiasmar com um xaxado do Luan Santana e eu tapar os buracos da fechadura do meu apartamento, para não deixar entrar o irritante som.
Então, cada um compra e consome aquilo que gosta. Neste caso, sendo a música norte americana a mais tocada, e considerando que cada um compra o que gosta, concluímos que a maioria de nós ocidentais gostamos mais de música norte americana, e, portanto, ela seria melhor, pois não?
Não! Mesmo que a maioria das canções norte americanas sejam as mais consumidas, isso não significa que são as melhores, senão que são as mais bem vendidas, do ponto de vista do marketing. Se eu coloco uma música como tema de um filme famoso, se a programo como trilha sonora importante da novela das nove horas, se encho as lojas de discos com este produto ou artista, parece certo que esse produto vai vender mais. Não por que seja melhor, mas, por que foi melhor trabalhado em termos mercadológicos. Em se tratando da força do mercado norte americano, qualquer margem extra conseguida nos demais países já passa a ser apenas um agregado, um lucro a mais, enquanto uma canção brasileira, por exemplo, vai encontrar muito mais dificuldades de competir dentro do nosso próprio país, imaginemos então a dificuldade de acessar mercados externos. Além da barreira comercial, outros fatores culturais vão dificultar o acesso a esses mercados, a começar pela língua. Mas, ainda assim, não são poucos os produtos que ultrapassam as barreiras e chegam ao mercado externo, como aconteceu com o movimento da bossa nova, um estilo brasileiro que continua a fazer sucesso no mundo inteiro e particularmente nos Estados Unidos, o país do Jazz, ritmo no qual se inspirou a bossa nova.
Ainda assim, é possível avaliar-se o produto musical com critérios bastante técnicos, o suficiente para distinguir o bom do ruim. Dou um exemplo: no ano de 1968 houve um festival internacional da canção, promovido pela Rede Globo. Na fase nacional, duas canções chegaram à grande final. Uma, altamente sofisticada, escrita por dois mestres, um da música propriamente dita, Tom Jobim, outro o seu parceiro Chico Buarque, um notório escritor de letras primorosas. A canção dos dois, chamada Sabiá, ganhou o prêmio do juri. Tratava-se de um poema sobre o exílio, musicalizado e arranjado de forma brilhante. Ao ser apresentada como vencedora, esta canção foi vaiada no ginásio Maracanazinho durante todo o tempo de sua apresentação, por uma orquestra sinfônica, e cantada pelas irmãs Cinara e Cibele, numa apresentação de nível excelente. A outra canção que com ela foi à final era uma guarânia no melhor estilo chorão paraguaio, puxada por um violãozinho muito sem vergonha, tocado pelo seu compositor e cantor. O público a amou e ela foi o maior sucesso comercial do ano de 1968. Até hoje é aclamada pelo grande público. Seu nome: "Caminhando (pra não dizer que não falei das flores)" e seu cantor-compositor era Geraldo Vandré. O que quero dizer com isso? Que "quem sabe faz a hora e não espera acontecer?". Não, rsrsrs. Na verdade, a questão do sucesso comercial depende de muitas variáveis e tem pouco vínculo com a qualidade.
Ainda assim, é possível avaliar-se o produto musical com critérios bastante técnicos, o suficiente para distinguir o bom do ruim. Dou um exemplo: no ano de 1968 houve um festival internacional da canção, promovido pela Rede Globo. Na fase nacional, duas canções chegaram à grande final. Uma, altamente sofisticada, escrita por dois mestres, um da música propriamente dita, Tom Jobim, outro o seu parceiro Chico Buarque, um notório escritor de letras primorosas. A canção dos dois, chamada Sabiá, ganhou o prêmio do juri. Tratava-se de um poema sobre o exílio, musicalizado e arranjado de forma brilhante. Ao ser apresentada como vencedora, esta canção foi vaiada no ginásio Maracanazinho durante todo o tempo de sua apresentação, por uma orquestra sinfônica, e cantada pelas irmãs Cinara e Cibele, numa apresentação de nível excelente. A outra canção que com ela foi à final era uma guarânia no melhor estilo chorão paraguaio, puxada por um violãozinho muito sem vergonha, tocado pelo seu compositor e cantor. O público a amou e ela foi o maior sucesso comercial do ano de 1968. Até hoje é aclamada pelo grande público. Seu nome: "Caminhando (pra não dizer que não falei das flores)" e seu cantor-compositor era Geraldo Vandré. O que quero dizer com isso? Que "quem sabe faz a hora e não espera acontecer?". Não, rsrsrs. Na verdade, a questão do sucesso comercial depende de muitas variáveis e tem pouco vínculo com a qualidade.
No caso da música norte americana, além das facilidades de apoio estrutural providas pela tremenda vantagem comercial do país, eles possuem verdadeira qualidade, derivada de sua vasta diversidade cultural, pois o país, tal qual o Brasil, é um dos mais miscigenados do mundo, um conclave de todas as raças e das principais tendências culturas do planeta. Já é meio caminho andado, né?
Neste artigo, vamos apresentar tres canções de um verdadeiro ícone do século passado, o único artista a ganhar tres prêmios Grammy's em tres áreas diferentes, orquestração, poesia e música. Trata-se de um rapaz simples, nascido no centro geográfico do interior do país, Oklahoma, aclamado como um dos mais brilhantes artistas da música popular norte americana.
Quando eu chegar em Oklahoma
, mas te perderei
Neste artigo, vamos apresentar tres canções de um verdadeiro ícone do século passado, o único artista a ganhar tres prêmios Grammy's em tres áreas diferentes, orquestração, poesia e música. Trata-se de um rapaz simples, nascido no centro geográfico do interior do país, Oklahoma, aclamado como um dos mais brilhantes artistas da música popular norte americana.
A primeira canção é "Up, Up and Away", um poema sobre o sonho fantasia de voar num balão, de onde o mundo parece ser um lugar melhor e mais bonito para se viver.
Nós poderíamos flutuar juntos entre as estrelas, você e eu
Fugir para longe. Meu lindo balão.
balão ...
Fugir para cima.
A segunda canção, "By the Time I get to Phoenix", é uma crônica sobre a tragédia que representa uma simples separação entre dois amantes, algo que pode ser disparado com um simples bilhete, mas que marcará profundamente a vida por muito e muito tempo, talvez irreversivelmente, como uma viagem sem volta.
Quando eu chegar em Oklahoma
A terceira canção, "McCarthur Park", é uma verdadeira obra prima composta em 1967 para o grupo The Association, que se assustou com o tamanho da canção e abandonou o projeto, originalmente pensado como uma opereta de 20 minutos de duração, completamente inviável do ponto de vista comercial. Foi a oportunidade de ouro que o ator Richard Harris aproveitou para se eternizar, assumindo a tarefa de enquadrá-la nos dez minutos atuais, amparados pela majestade da Orquestra Sinfônica de Londres.
, mas te perderei
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