Há 2500 anos, enquanto a Alemanha vivia na idade da pedra (!), a Grécia já era uma República de cidadãos. |
PLATÃO (427 AC - 347 AC)
Nunca uma frase de Platão foi tão bem apropriada para definir a relação de amor e ódio entre seu país, a Grécia, e o continente Europeu. Os gregos devem a bancos europeus e FMI a soma de 325 bilhões de dólares, pouco, se comparado com o trilhão de dólares que o Brasil deve aos bancos que financiam nossa gastança. A questão é que o PIB grego não chega a 250 bilhões de dólares, o que faz a dívida grega muito maior que a brasileira, em termos relativos.
A Grécia sempre foi complicada e os europeus sabiam disso quando a admitiram no conclave europeu. O que os levou a encher as burras do governo grego com um dinheiro que já se sabia que não iria voltar? A justificativa oficial é que praticaram a solidariedade pan-européia. Conhecendo os banqueiros como nós conhecemos, é difícil acreditar nessa bem aventurada solidariedade. Provavelmente eles não tinham onde aplicar essa grana, por que o mundo ocidental atravessava grave crise econômica, os países da África e América Latina estavam culturalmente muito distante e apresentavam os mesmos riscos que a Grécia. Dúvida por dúvida, resolveram investir no próprio quintal.
As origens da União Européia também não é um conto de fadas sobre a união de povos amigos. Terminada a segunda guerra mundial, Estados Unidos e União Soviética dividiram os países do continente europeu segundo suas visões ideológicas. A Inglaterra, que seria o terceiro aliado importante na derrocada do regime nazista, em 1945, ficou de fora do butim. Não por que quisesse desistir, mas, por que não tinha o mesmo cacife dos gigantes ao lado dos quais combateu. Fechou-se em seu anglicanismo religioso e geopolítico, chamado Reino Unido, passou a enfrentar os fantasmas de seu passado imperialista, e retrocedeu de forma notável na liderança econômica e tecnológica que detinha no contexto internacional, deixando o campo da Europa ocidental livre para as manobras norte americanas.
As origens da União Européia também não é um conto de fadas sobre a união de povos amigos. Terminada a segunda guerra mundial, Estados Unidos e União Soviética dividiram os países do continente europeu segundo suas visões ideológicas. A Inglaterra, que seria o terceiro aliado importante na derrocada do regime nazista, em 1945, ficou de fora do butim. Não por que quisesse desistir, mas, por que não tinha o mesmo cacife dos gigantes ao lado dos quais combateu. Fechou-se em seu anglicanismo religioso e geopolítico, chamado Reino Unido, passou a enfrentar os fantasmas de seu passado imperialista, e retrocedeu de forma notável na liderança econômica e tecnológica que detinha no contexto internacional, deixando o campo da Europa ocidental livre para as manobras norte americanas.
Quando a Alemanha botou o nariz pra fora, no final dos anos sessenta, franceses e norte americanos acenderam a luz amarela, antevendo que ela poderia voltar a ser uma grande potência econômica e militar, o que diante mão causa alguns calafrios. Começaram então as articulações para fundar uma união estável entre os países europeus, visando exorcizar os demônios do passado e assegurar a paz duradoura, se possível eterna, principalmente entre França e Alemanha, as maiores potências do continente.
E assim foi feito. Ao longo dos anos 70 e 80, houve o longo processo de preparação para a União Européia, aparando arestas entre os países, negociando a moeda única, estabelecendo planos estratégicos, etc, enquanto no plano global aconteciam dois fenômenos muito importantes: A derrocada do império soviético e a construção da unidade alemã. Os dois processos culminaram praticamente ao mesmo tempo, de um lado com o esfacelamento do comunismo no leste da Europa, com o consequente isolamento da Rússia e a revolta de seus países satélites, tais como a Chechênia e a Ucrânia. De outro lado, a Alemanha capitalista acelerava a incorporação de sua co-irmã comunista, num projeto que custou mais de 100 bilhões de dólares aos capitalistas, mas gerou um país dinâmico, recuperado das memórias trágicas e do atraso econômico, ainda visível hoje em dia, mas em franco processo de integração.
A década de 1990 foi dedicada à consolidação dos países tradicionalmente europeus, mesmo tendo que arcar com as crises de Itália, Espanha e Portugal, que tiveram fantástico progresso econômico nos primeiros anos da União.
Quando entrou o ano 2000, os europeus se dedicaram a seduzir outros vizinhos no norte do continente e em lugares duvidosamente "europeus".
Quando entrou o ano 2000, os europeus se dedicaram a seduzir outros vizinhos no norte do continente e em lugares duvidosamente "europeus".
Foi assim que no ano de 2001 a Grécia foi aceita na União Européia e um ano depois adotou o Euro como sua moeda oficial. Se Malta, Chipre e Grécia podem, por que nós não podemos também, começaram a se perguntar uns e outros, e entre os "outros" estavam povos como os Turcos, que se consideram a ponte entre Europa e Ásia, e talvez por isso mesmo, costumam inundar a Europa com seus emigrantes, 3 milhões só na Alemanha, imagine o que fariam se fossem admitidos como sócios do clube! Um enclave deste porte, com sua língua e religião próprias, é uma verdadeira pedra no sapato da cultura germânica, que há 80 anos atrás se propunha como raça ariana pura.
Os prognósticos para o futuro europeu são os piores possíveis:
- Dívida impagável da Grécia e outros países do bloco, decorrente de empréstimos de grandes somas de dinheiro pelo Banco Central, para países sem controles confiáveis, com altos índices de informalidade, corrupção e má gestão dos recursos públicos.
- Desigualdades imensas entre classes sociais em países muito diferentes entre si. O poder aquisitivo de um cidadão grego não pode ser comparado com o de um cidadão alemão ou francês. E o padrão monetário é o mesmo!
- Imigração incontrolável oriunda de países da África e do Oriente Médio. Isso acelera as desigualdades e tende a tencionar as relações internas. No momento, a ITÁLIA passa por grande crise de imigração descontrolada, sem encontrar apoio efetivo da comunidade. Até quando vai arcar sozinha com as consequências? A tendência é que sub exporte os imigrantes para o centro do continente.
- Desintegração da sociedade tradicional européia. Uma mulher alemã ou francesa tem em média um filho per cápita. Já uma imigrante muçulmana tem em média quatro filhos (em seus países originais, a média é incríveis oito filhos por mulher). Alguma dúvida de que a Europa está se islamizando? Independentemente da questão religiosa, se o Islão é melhor ou pior que o Cristianismo, o fato é que a Europa perderá sua identidade.
- Desemprego como uma tragédia que atinge principalmente o futuro, ou seja, a juventude. Justamente os países que fizeram a maior parte dos investimentos sociais, Grécia, Portugal, Espanha e Irlanda, apresentam acima de 50% de desemprego para a população jovem.
- Redução dos salários. Conforme avança o desemprego, a redução do que as empresas pagam de salários é apenas uma consequência imediata. Em seguida decai a capacidade de consumo dos cidadãos, a arrecadação de tributos e o movimento econômico. Nada que já não saibamos a partir da nossa própria crise brasileira.
Apesar dos aparentes fracassos, a Europa continua sendo o continente das melhores tradições da liberdade e do encantamento artístico, vivencial e culinário. Quando você está na frente da catedral de Notre Dame, do museu do Prado, do convento dos Jerônimos ou da Capela Sistina, tenha a certeza de que está diante da verdadeira cultura ocidental. E não há preço que pague esse prazer!
Agora é ao contrário. A Grécia é uma merda comunista miserável frente a Alemanha!
ResponderExcluirA Finlândia é a merda comunista que aderiu a UE prendeu 26 donos de bancos, tornou estatal as petrolíferas e está distribuindo de $400 a $700 euros por familia. Com educação de qualidade e padrão de vida. O correto não é tornar o sistema correto, é tornar o cidadão correto.
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