FÉ
A palavra FÉ vem do latim "fides",
que significa "atitude de fidelidade".
No contexto teológico, a FÉ é uma virtude
daqueles que aceitam como verdade absoluta os princípios difundidos por sua
religião. "Fé em Deus" é acreditar na sua existência e na sua
onisciência, por exemplo. A FÉ é também sinônimo de religião ou culto. Por exemplo,
quando falamos da fé Cristã ou da fé Islâmica, estamos nos referindo ao
conjunto de valores e princípios da religião cristã ou muçulmana.
De acordo com os dicionários, FÉ equivale a confiança e credibilidade, ou seja, é um
sentimento de total crença em algo ou alguém, ainda que não exista nenhum tipo
de evidência da realidade dessa coisa.
A FÉ é
um atributo humano e se expande no campo da experiência terrena. Quando dois ou
mais seres humanos compartilham a mesma Fé, cria-se uma Egrégora, que vai
multiplicar o poder desta energia de acordo com a qualidade e quantidade
dos corações e mentes envolvidos. Deste fenômeno, pode resultar algo que
ultrapassa os limites humanos. Um Milagre, por exemplo. Quando
observamos curas milagrosas acontecendo em igrejas, centros de energia
espiritual e outros lugares onde se reúnem muita gente com Fé, o mais provável
é que estes milagres sejam resultantes do efeito da Egrégora, capaz de provocar
a emanação da Graça Divina. Neste caso, a energia horizontal humana da Fé, se
junta com a energia vertical divina da Graça, formando um triângulo na forma de
pirâmide.
Quanto
maior a base da pirâmide formada pela Fé, mais alto será o ângulo superior da
Graça Divina alcançada. Por outro lado, a base da Fé pode ser estreitada por
preconceitos como racismo, egolatria, fanatismo, etc, causando a imediata
diminuição da Graça alcançada.
A FÉ é um bem adquirido e, nesta condição, pode ser considerada uma Riqueza. Porém, diferente dos bens materiais, a Fé armazenada pode ser resgatada na forma de Graça Divina e cada resgate não diminui o saldo existente, ao contrário, pode até aumentá-lo, a depender de como será usado este resgate. Pode ser até repassada para terceiros; uma pessoa com excesso de riqueza espiritual pode transferir algum resgate para alguém que ela julgue merecedor, um filho ou amigo, por exemplo. Esta transferência só se justifica por razões altruístas. O ALTRUISMO é uma das bases da evolução espiritual. Seu único sentido é a ajuda a terceiros, sem qualquer envolvimento de interesses pessoais. A caridade é a mais avançada forma de altruísmo.
A palavra GRAÇA vem do latim "gratia",
que significa benevolência, estima
ou um favor que se concede ou recebe.
A primeira coisa a ser considerada sobre o atributo GRAÇA
é que ela é efetivamente gratuita, ou seja, "de graça", a Luz divina
não faz acordos nem barganhas. A segunda coisa é a constatação de que talvez
seja a palavra mais polêmica do mundo filosófico-religioso. Cada escola ou
religião tem seu conceito próprio para esta coisa tão especial.
RESUMO DAS PRINCIPAIS LINHAS RELIGIOSAS:
No mundo cristão, é comum a crença de que
a Graça é necessariamente uma concessão Divina. Este ser supremo
concederia suas Graças de acordo com sua misericórdia e generosidades próprias, independente
do merecimento dos beneficiários. A primeira das Graças seria a salvação para a
vida eterna, através do perdão dos pecados, "lavados" no sangue pelo
sacrifício de Jesus Cristo. Segundo Santo Agostinho (354-430 dc), o
pecador só consegue atender aos requisitos da salvação mediante a combinação de
seu esforço pessoal e a concessão imprescindível da Graça Divina. Quase sempre
imerecidamente. Por mais que faça, o homem estará sempre em débito frente a
justiça divina, inclusive por causa do efeito do chamado "pecado original";
e, portanto, dependerá sempre da boa vontade de Deus. Assim, já em seus
primórdios, o cristianismo romano desenha um Deus à imagem dos homens, seres
emocionais e instáveis, que podem perdoar ou condenar as pessoas de acordo com
seu desejo e vontades momentâneas.
De forma semelhante à imensa maioria dos
cristãos, o mundo islâmico também não acredita na reencarnação. Seu conceito de
Deus também é parecido, pois "Allah contesta ou confirma o que lhe
apraz", ou seja, não há regras fixas e tudo pode mudar de acordo com as
circunstâncias. Na visão muçulmana, o homem é essencialmente pecador e se Alá
fosse fazer um julgamento rigoroso, nenhum ser humano seria salvo. Os islâmicos
também possuem o Livre Arbítrio, mas, ai daquele que não se colocar a serviço
de Alá e da expansão da fé muçulmana. Diz a lenda que o Fiel que morrer em
defesa de Alá, vai direto ao paraíso e terá setenta jovens mulheres virgens a
lhe servir. E as mulheres muçulmanas que morrerem na mesma situação? Uma velha
piada, talvez anti islâmica, diz que elas poderão ocupar o lugar de uma das
virgens. Atualmente, é politicamente incorreto falar mal do Islão, mas, a
verdade é que se trata de uma herança medieval que não se modernizou.
O mundo budista é muito mais vasto, mas, essencialmente todas
as vertentes se juntam para seguir os ensinamentos de Sidarta Gautama, o Buda,
(Índia, 560-480 ac). Todas as correntes aceitam a reencarnação e a Lei do
Karma, segundo a qual o homem recebe de acordo com aquilo que pratica. Enquanto
nas religiões de base judaica o crente será julgado num grande ritual que
se dará no final dos tempos, aqui no budismo este julgamento se dá ao longo do
cotidiano da vida, segundo regras simples de Causa e Efeito. Se o crente faz
mais mal do que bem, terá que resgatar sua dívida, seu Karma, nesta ou numa
próxima vida, e deste julgamento ninguém escapa. O eventual superávit é
recebido na forma de Graça Divina. A principal Graça é obter conhecimento e
progresso espiritual, para se chegar ao objetivo máximo, a iluminação do
Ser, ou conexão suprema com o mundo espiritual superior. Neste momento, o
crente terá atingido o Nirvana, que significa "esquecimento", ou
seja, o objetivo maior da roda de encarnações é a auto anulação da
personalidade, para viver apenas a espiritualidade. Quando um ser humano se
ilumina, pode decidir por viver no Paraíso do mundo espiritual ou permanecer na
roda de encarnações, afim de ajudar os seus semelhantes a trilhar o caminho.
Neste caso, ele receberá ainda mais Dharmas, que o colocarão numa posição mais
evoluída dentro da escala da Tríade Espiritual (mundos Causal, Búdico e
Átmico). O Budismo não impõe qualquer regra e nem mesmo a crença em algum
Deus é obrigatória. De modo geral, se admite que cada qual tenha os
deuses que quiser, incluindo as seitas indianas e asiáticas pré Buda, que
professavam o politeísmo. No entanto, todos os valores budistas estão permeados
pela noção da existência de uma grande Entidade mantenedora da harmonia
universal. O crente deve seguir principalmente o que lhe dita sua própria consciência,
buscando sempre o balanço positivo do resultado de suas ações.
O
APELO DA COSMOTERAPIA,
por
Huberto Rohden (1893-1981)
A Cosmoterapia como prática de evolução espiritual, conforme proposta por Huberto Rohden, ex padre católico que rompeu com a Igreja, está totalmente baseada nos princípios de obtenção da Graça Divina.
"Realiza
a tua cosmoterapia, e todo o caos de tuas angústias e moléstias será
substituído pelo cosmos da saúde e da felicidade. Todas as tuas desarmonias têm
início em teus pensamentos: o homem é aquilo que ele pensa em seu coração! Quem
pensa errado, vive errado - quem pensa certo, vive certo! Teu pensamento é
certo quando harmoniza com teu Ser. Teu Ser é o Espírito de Deus. Tua
consciência é a voz de Deus em ti. Sintoniza teu agir com teu Ser, e estarás em
sintonia com Deus."
caminhos de Deus e da salvação mediante a combinação de seu esforço pessoal de vontade e a concessão, imprescindível, da graça divina.
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