Darci Ribeiro chegou de manhã. Eu o levei para almoçar com a estudandata no restaurante do centro acadêmico. Nós o tratávamos com cuidado, tendo em vista seu anunciado câncer de pulmão (que o acabou matando muitos anos depois), que foi usado como motivo para voltar ao país alguns anos antes dos outros exilados.
--- Quer tomar uma água, professor ?
--- Não, quero tomar uma caipirinha.
Ali começou um estranhamento admirável. Eu pensei com os meus botões: "este é dos meus".
Depois da palestra, estávamos todos no Bar Palácio, palco da boemia da esquerda intelectual de Curitiba. Darci se retirou por um tempo, anunciando que iria passar algumas obras literárias à moça mais gostosa da mesa. Duas horas depois voltaram, ambos de cabelos molhados. Inveja!
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