A imensa maioria dos seres humanos não tem qualquer memória de uma suposta vida passada. Parece haver um véu do esquecimento instalado como parte do Pacto Reencarnatório, a cada vez que um espírito eterno volta ao plano físico da terceira dimensão, para uma nova aventura vivencial, com todas as suas dores e misérias, assim como para o possível encantamento e felicidade, ainda que temporária e instável.
Na verdade, o termo "memória" não seria suficiente para definir o estado de identificação com uma outra experiência de vida, em outra encarnação. Apesar de ser considerado um sinônimo de "memória", assim como "lembrança" ou "recordação", o termo REMINISCÊNCIA é mais adequado, pois é a "memória da alma" e não tem nada a ver com a memória mental, registrada no plano do cérebro físico. Num processo reencarnatório, todos os aspectos relacionados ao mundo físico recebem novas versões, tal como um corpo físico novo, um cérebro novo e, portanto, uma nova memória. Neste novo ser que supostamente reencarnou, se desenvolverá uma nova personalidade, com um novo Ego a ser montado e desenvolvido pela realidade circunstancial da nova história de vida (e também por algumas características básicas, armazenadas num espaço a que chamamos akáshico, parte da tríade espiritual, ao qual o ser humano comum não tem acesso).
No entanto, existe um outro EGO que reencarna, o EU SUPERIOR, ou LOGOS, como o chamavam os filósofos antigos gregos. E este EGO individual é indissolúvel, eterno, pessoal e intransferível. Este ego eterno é o veículo da Mônada Primordial, a centelha divina que habita cada ser vivo.
Dentro do conceito setenário da filosofia religiosa hinduísta, o Ego divino corresponde a mais alta esfera cósmica do ser humano, encarnado ou não, aquele que é punido ou recompensado por suas ações, tanto no período de descanso entre as vidas, assim como na própria experiência terrena, submetido, portanto, à Lei do Karma.
O Ego divino, que de tudo se lembra, não se manifesta no comando de uma existência física, por que o Ego da personalidade não o permite. A menos que o desenvolvimento espiritual de uma pessoa encarnada tenha suprimido ou esvaziado completamente o Ego humano. Se o Ego divino pudesse se manifestar sem impedimentos, não haveria mais Homens na Terra, pois seríamos todos Deuses. Este estado corresponde ao da Iluminação, o maior objetivo das várias vidas passadas por um Espírito no plano físico.
Alguns sensitivos e pessoas especiais são capazes de "ver" fragmentos de vidas passadas, do próprio espírito eterno ou de terceiros, mas somente sob algumas circunstâncias especiais, que libertam o Ego divino dos entraves da matéria.
Sim nossas almas já passeiam junta a muito tempo.
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