Você
sai da sede de Furnas Centrais Elétricas às 18:00 horas, já bastante alquebrado
pela longa jornada iniciada por volta das oito da manhã, e depara-se com o
primeiro impacto: fora do ar condicionado você é um ser em absoluto processo de
extinção, tentando desesperadamente sobreviver nos 37 graus do “inverno” do Rio
de Janeiro e, de bom grado, trocaria sua “polpuda” diária por um saco de gelo.
As ruas de Botafogo estão abarrotadas de apressados cidadãos de classes médias,
outrora tão tranquilos, apelidados no Brasil afora de “malandros”, neste final de tarde loucos
pra pegar as suas vans suicidas, ônibus idem, trens, sei-lá-mais-o-quê pra ir
não-sei-pra-onde. Em meio ao “calor humano” das encardidas e sujas ruas de Botafogo, você quer chegar logo em Copacabana, para um ou vários chopps que façam esquecer
o trabalho de sondar “processos de negócios”, para encontrar ou diagnosticar a falta de misteriosos "Controles Sistêmicos", que “mitigam” ameaçadores "Riscos". Isto quando não tem o
azar de identificar de cara um “Gap", direto no estômago, como convém a um bom "gap", e que te leva diretamente ao nocaute.
De fato, convém esquecer destas coisas por algum tempo. A consultoria norte americana amanhã cuidará deles.
Agora, neste barulhento boteco da Siqueira Campos com Barata Ribeiro, você está a duas quadras do seu hotel e o chopp geladíssimo, à sua frente, lhe faz lembrar de um mergulho nas ondas do Campeche, numa luminosa manhã domingueira de maio.
Aí, você diz para o bolinho de bacalhau: "Que saudade do Bar do
Chico !".
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluir