Nos anos 1500 Espanha e Portugal disputavam os domínios do mar. Martin Afonso de Souza, o navegador português foi o primeiro a entrar no estuário do Rio de la Plata. Outros navegadores a serviço do reino de Espanha também estavam de olho nessas mesmas águas barrentas, indicando que aqui desembocavam rios muito poderosos, mas, ninguém se aventurava rio acima, pois o foco principal de suas missões era descobrir uma passagem para o Oceano Pacífico. Isso demonstra claramente que todos já sabiam que a terra era redonda, enquanto a "santa madre" ainda queimava na fogueira os hereges que diziam publicamente o contrário.
Aqui nesta Sacramento de 2013 estamos todos bem, sem fogueiras. Cometemos um engano aqui, outro ali, como entrar num café que te cobra trinta reais por dois expressos e uma água mineral, a metade do que pagastes por um churrasco completo, com vinho e tudo, da melhor qualidade, poucos instantes atrás.
No mais, é dormir de janela aberta. Percebi isso na noite que passei aqui, as casas não se preocupam em fechar janelas. Famílias se congratulam nas calçadas largas, sorvendo o mate quente das suas cuias de chimarrão. Milongas soam nas tardes de cinema, amantes enchem a noite com tangos de prazeres, filósofos meditam no azul inconstante das águas que nos separam de Buenos Aires, logo ali em frente e completamente invisível.
É uma hora ou mais de navegação em linha reta. Estamos defronte ao Retiro, onde um dia desembarcaram escravos negros de África, e que agora servem de inspiração para a milonga de um brasileiro, feita sobre poema de Jorge Luis Borges.
Aqui nesta Sacramento de 2013 estamos todos bem, sem fogueiras. Cometemos um engano aqui, outro ali, como entrar num café que te cobra trinta reais por dois expressos e uma água mineral, a metade do que pagastes por um churrasco completo, com vinho e tudo, da melhor qualidade, poucos instantes atrás.
No mais, é dormir de janela aberta. Percebi isso na noite que passei aqui, as casas não se preocupam em fechar janelas. Famílias se congratulam nas calçadas largas, sorvendo o mate quente das suas cuias de chimarrão. Milongas soam nas tardes de cinema, amantes enchem a noite com tangos de prazeres, filósofos meditam no azul inconstante das águas que nos separam de Buenos Aires, logo ali em frente e completamente invisível.
É uma hora ou mais de navegação em linha reta. Estamos defronte ao Retiro, onde um dia desembarcaram escravos negros de África, e que agora servem de inspiração para a milonga de um brasileiro, feita sobre poema de Jorge Luis Borges.
De Montevideo a Sacramento são 200 quilômetros. Há dois pedágios a 5 reais cada um, uma pexincha se compararmos com o trecho Porto Alegre - Pelotas, onde gastei mais de 50 reais para percorrer 300 km em 5 horas, devido ao precário estado da "rodovia". Aqui no Uruguai, temos pistas duplas separadas por lindos canteiros de flores. Notei que há pouquíssimos postos de combustíveis na estrada e nenhum hotel. Aliás, no Uruguai inteiro, só há hotéis nas cidades. Deve ser resquício da grande estância que era o país até muito pouco tempo atrás.
Hoje não mais. Entre Montevideo e Sacramento, assim como entre a capital e Punta del Este, há fábricas modernas de alta tecnologia espalhadas pela pampa, antigamente dominada apenas por rebanhos de vacas e ovelhas. Sim, percebe-se que o Uruguai está cambiando. Primeiramente a mudança se faz na economia, para, em seguida, mudarem os hábitos. Já se percebem hotéis de turismo e algumas vinícolas que recebem visitantes para degustações, coisas de alto padrão. Certamente, em seguida, virão os motéis e estabelecimentos para se passar a noite, coisas tão comuns no Brasil e no mundo dito desenvolvido.
De todo modo, o caminho entre as duas principais cidades uruguaias é muitíssimo agradável, tendo por cenário sempre a pampa sem fim. Até que uma placa estampada no meio da rodovia anuncia que a velocidade máxima deve ser reduzida dos 120 para 60 km por hora.
Senhoras e senhores, chegamos à Colônia do Santíssimo Sacramento, patrimônio cultural da humanidade.
Hoje não mais. Entre Montevideo e Sacramento, assim como entre a capital e Punta del Este, há fábricas modernas de alta tecnologia espalhadas pela pampa, antigamente dominada apenas por rebanhos de vacas e ovelhas. Sim, percebe-se que o Uruguai está cambiando. Primeiramente a mudança se faz na economia, para, em seguida, mudarem os hábitos. Já se percebem hotéis de turismo e algumas vinícolas que recebem visitantes para degustações, coisas de alto padrão. Certamente, em seguida, virão os motéis e estabelecimentos para se passar a noite, coisas tão comuns no Brasil e no mundo dito desenvolvido.
De todo modo, o caminho entre as duas principais cidades uruguaias é muitíssimo agradável, tendo por cenário sempre a pampa sem fim. Até que uma placa estampada no meio da rodovia anuncia que a velocidade máxima deve ser reduzida dos 120 para 60 km por hora.
Senhoras e senhores, chegamos à Colônia do Santíssimo Sacramento, patrimônio cultural da humanidade.
Mais fotos de Sacramento em https://plus.google.com/u/0/photos/107372085103108652320/albums/5921747892488960433
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