FILOSOFIA é mesmo algo intrigante. Não produz nem faz parte do processo produtivo de qualquer bem material. Apesar de sua matéria prima ser o mundo e os seres humanos que o habitam, não há um produto final confiável, ou minimamente comprovável cientificamente. Sendo apenas pensamentos e intenções, não é possível testá-los em laboratórios, tampouco é material pesquisável empiricamente, que possa formar um quadro consistente através de alguma série histórica.
A própria definição de FILOSOFIA é tão volúvel, que Bertrand Russel afirma no site ATEUS.NET que "A definição de “filosofia” variará segundo a filosofia que adotarmos". Este mesmo mestre e filósofo famoso, afirma que a tarefa principal da Filosofia é a de corrigir as contradições e incertezas das crenças humanas. Simples assim! Por isso eu, que já sou descrente por natureza, ouso colocar um complemento na frase: "na medida de suas possibilidades...".
A FILOSOFIA comprovou que serve pelo menos para uma coisa: Especular sobre a possibilidade de obter respostas para qualquer questão inerente ao ser humano e sua condição natural de EVOLUTIVO. Principalmente para as tres perguntas chaves da humanidade.
QUEM SOU
DE ONDE VIM
PARA ONDE VOU
Estamos habituados a entender que os filósofos foram sempre gregos, principalmente os da antiguidade. Parafraseando o nosso futebol, este grupo que segue é o G4 da série "A" do campeonato grego de filosofia, segundo consta nas tradições dos estudiosos do assunto:
A própria definição de FILOSOFIA é tão volúvel, que Bertrand Russel afirma no site ATEUS.NET que "A definição de “filosofia” variará segundo a filosofia que adotarmos". Este mesmo mestre e filósofo famoso, afirma que a tarefa principal da Filosofia é a de corrigir as contradições e incertezas das crenças humanas. Simples assim! Por isso eu, que já sou descrente por natureza, ouso colocar um complemento na frase: "na medida de suas possibilidades...".
A FILOSOFIA comprovou que serve pelo menos para uma coisa: Especular sobre a possibilidade de obter respostas para qualquer questão inerente ao ser humano e sua condição natural de EVOLUTIVO. Principalmente para as tres perguntas chaves da humanidade.
QUEM SOU
DE ONDE VIM
PARA ONDE VOU
Estamos habituados a entender que os filósofos foram sempre gregos, principalmente os da antiguidade. Parafraseando o nosso futebol, este grupo que segue é o G4 da série "A" do campeonato grego de filosofia, segundo consta nas tradições dos estudiosos do assunto:
Pitágoras .....+ 496 a.c.
Sócrates ......+ 399 a.c.
Platão ..........+ 347 a.c.
Aristóteles ...+ 322 a.c.
Ao longo de mais ou menos dois séculos, produziu-se o pensamento filosófico que iria influenciar o mundo inteiro dali pra frente. O pensamento grego antigo nos chegou através dos Romanos, que também nos legaram o Cristianismo. Por isso, nosso pacto civilizatório do mundo ocidental se chama "Judaico-Cristão", por que os costumes e a moral dos países dominantes no planeta nesta Era, estão alicerçados nas idéias contidas no livro Bíblia Sagrada, tanto na parte antiga, supostamente escrita pelos judeus ortodoxos, como na parte nova, supostamente escrita pelos discípulos de Jesus Cristo, parte esta denominada pelos cristãos como NOVO TESTAMENTO, o novo modelo religioso em substituição a todos os anteriores. Devidamente endossado pelo Império Romano, que iria impor a igreja nos primeiros séculos a todos os seus súditos, do sul da África ao Polo Norte, dar-lhe a organização e hierarquia apropriada, definir os primeiros dogmas e eleger os primeiros Papas.
O cristianismo virou religião oficial do Império Romano em 380 d.c., consolidando um processo iniciado em 320 d.c. pelo imperador Constantino. Antes desse período histórico, que corresponde a decadência da civilização romana, o mundo era politeista, ou seja, o culto aos deuses era livre e cada qual escolhia os objetos de sua preferência, a quem gostasse de adorar, fossem vacas sagradas, gatos, estrelas, sol, antepassados ou coisas imaginárias. Nessa época, que coincide com a República Romana (509 a.c. até 27 a.c.), até os primeiros 300 anos do Império Romano, a base de pensamento filosófico, político e religioso era a civilização da Grécia. Por isso, também se diz que a nossa herança, além de judaico-cristã, é GRECO-ROMANA.
A filosofia Greco-Romana, ao lado do Cristianismo, reinaram absolutas nos 1500 anos que nos antecedem no mundo ocidental. Em parte pela distância física que separava as tradições culturais diferentes existentes no planeta, em parte devido aos conflitos e choques de civilizações. Um bom exemplo é o isolamento do mundo árabe, sempre em conflito com o cristianismo. Os asiáticos também viveram sempre num mundo particular, isolados e praticamente incomunicáveis com o ocidente. A partir de 1800, as coisas começaram a mudar.
Em 1785 chegava com grande repercussão em Londres a primeira versão em inglês do livro Bhagavad Gitã (a canção divina), o epílogo da epopeia Mhabharata, uma coleção de contos que contém toda a cultura e princípios da religiosidade Védica (da Índia).
Esta civilização foi contemporânea da Democracia Grega e da República Romana, por volta do século quinto a.c. Diferentemente do conceito cristão de JUÍZO FINAL, onde o Deus Pai estaria comandando um julgamento de toda a humanidade, a filosofia religiosa Budista, baseada nos princípios védicos, contempla o fenômeno da AÇÃO e REAÇÃO, onde o equilíbrio será sempre garantido. Aqui, desaparecem os significados de PECADO e PUNIÇÃO, entrando em seus lugares os conceitos de DHARMA e KARMA. O primeiro termo representa a Lei, aquilo que é adequado ao ser humano em seu momento e circunstância histórica, segundo um conjunto atemporal de regras éticas e morais. Já o Karma é o comportamento que se desvia da regra justa, ocasionando um conflito que deverá necessariamente ser corrigido, nesta ou em outras vidas futuras. Então, surge outro princípio básico do Budismo, a REENCARNAÇÃO do mesmo espírito em várias versões físicas ao longo do tempo, até que um evento final denominado ILUMINAÇÃO encerre o ciclo de encarnações.
O BUDISMO
Logo no primeiro sermão após Sidharta Gautama se iluminar, transformando-se no Bhuda, ele ensinou a seus discípulos as quatro verdades supremas da existência humana.
Primeira Verdade: O SOFRIMENTO EXISTE – O sofrimento é inerente à condição humana, mas ele é transitório, ou seja, tem começo, meio e fim.
O NOBRE CAMINHO ÓCTUPLO
A filosofia Greco-Romana, ao lado do Cristianismo, reinaram absolutas nos 1500 anos que nos antecedem no mundo ocidental. Em parte pela distância física que separava as tradições culturais diferentes existentes no planeta, em parte devido aos conflitos e choques de civilizações. Um bom exemplo é o isolamento do mundo árabe, sempre em conflito com o cristianismo. Os asiáticos também viveram sempre num mundo particular, isolados e praticamente incomunicáveis com o ocidente. A partir de 1800, as coisas começaram a mudar.
Em 1785 chegava com grande repercussão em Londres a primeira versão em inglês do livro Bhagavad Gitã (a canção divina), o epílogo da epopeia Mhabharata, uma coleção de contos que contém toda a cultura e princípios da religiosidade Védica (da Índia).
Esta civilização foi contemporânea da Democracia Grega e da República Romana, por volta do século quinto a.c. Diferentemente do conceito cristão de JUÍZO FINAL, onde o Deus Pai estaria comandando um julgamento de toda a humanidade, a filosofia religiosa Budista, baseada nos princípios védicos, contempla o fenômeno da AÇÃO e REAÇÃO, onde o equilíbrio será sempre garantido. Aqui, desaparecem os significados de PECADO e PUNIÇÃO, entrando em seus lugares os conceitos de DHARMA e KARMA. O primeiro termo representa a Lei, aquilo que é adequado ao ser humano em seu momento e circunstância histórica, segundo um conjunto atemporal de regras éticas e morais. Já o Karma é o comportamento que se desvia da regra justa, ocasionando um conflito que deverá necessariamente ser corrigido, nesta ou em outras vidas futuras. Então, surge outro princípio básico do Budismo, a REENCARNAÇÃO do mesmo espírito em várias versões físicas ao longo do tempo, até que um evento final denominado ILUMINAÇÃO encerre o ciclo de encarnações.
Logo no primeiro sermão após Sidharta Gautama se iluminar, transformando-se no Bhuda, ele ensinou a seus discípulos as quatro verdades supremas da existência humana.
Primeira Verdade: O SOFRIMENTO EXISTE – O sofrimento é inerente à condição humana, mas ele é transitório, ou seja, tem começo, meio e fim.
Segunda Verdade: A ORIGEM DO SOFRIMENTO ESTÁ NO EGO – A causa do sofrimento é o apego às coisas, tais como bens materiais, crenças irremovíveis ou rígidas demais, ideais centrados no egoismo, enfim, a necessidade de satisfazer os nossos desejos nos conduz à infelicidade. A causa do sofrimento também pode ser entendida como a Ignorância sobre si mesmo e as verdades atemporais.
Terceira Verdade: É POSSÍVEL ACABAR COM O SOFRIMENTO – É possível se libertar do sofrimento causado pelo apego ou pela ignorância. Isso pode ser obtido a partir do crescimento espiritual e promovendo um karma positivo em nossa vida, ou seja, buscar o cumprimento de nosso Dharma.
Quarta Verdade: O CAMINHO DO MEIO SUPERA O SOFRIMENTO – O método que leva ao crescimento espiritual e a geração de karma positivo é o que Bhuda chamou "Caminho do Meio", também conhecido como o Nobre Caminho Óctuplo de Buda.
Nessa doutrina, a palavra "sofrimento" deve ser entendida como sinônimo para "insatisfação pessoal", ou aquele desconforto existencial, onde a pessoa pode ter coisas e riquezas, mas não encontra auto realização em sua experiência vivencial. Segundo o site "Espiritualidade nos Negócios", “A visão de mundo budista é holística: acredita que aquilo que alivia nosso sofrimento também alivia o sofrimento dos outros”. Nesta jornada pelo “Caminho do Meio”, o SER HUMANO consegue superar três grandes desafios básicos, melhorando como INDIVÍDUO livre de GANÂNCIA, AVERSÃO E IGNORÂNCIA.
Os oito princípios orientadores de Buda que consistem no "caminho do meio", são os seguintes:
1. Entendimento Correto – Em princípio, temos que partir do princípio de que nossa compreensão das coisas é limitada. Se fosse o contrário, se compreendêssemos plenamente as razões de nossa caminhada e o que de nós se espera, já saberíamos tudo e não precisaríamos de nenhum guia. Por isso, a principal missão de nossa procura é a capacidade de enxergar as consequências da Lei da Causa e Efeito SOBRE NOSSOS ATOS COTIDIANOS, e visualizar o mais claramente possível a nossa missão de vida, o nosso Dharma.
2. Pensamento Correto – É o direcionamento de nossas intenções, de acordo com nossa verdade interior, buscando superar a hipocrisia e a falsidade. É o foco que devemos dar aos nossos pensamentos, objetivando sempre a intenção de não causar danos a outras pessoas, outras espécies ou ao meio ambiente.
2. Pensamento Correto – É o direcionamento de nossas intenções, de acordo com nossa verdade interior, buscando superar a hipocrisia e a falsidade. É o foco que devemos dar aos nossos pensamentos, objetivando sempre a intenção de não causar danos a outras pessoas, outras espécies ou ao meio ambiente.
3. Fala Correta – É o cuidado de tratar os outros com respeito e consideração, sem utilizar palavras ásperas, rudes ou agressivas. A FALA CORRETA corresponde a não mentir, não ser sarcástico, ser compassivo ao falar, ser encorajador e não ferir os sentimentos de outra pessoa. Às vezes, é melhor se calar, do que incutir negatividades na fala, evitando a difamação e a fofoca. Devemos ter em conta que grande parte dos Karmas, são gerados pelas palavras.
4. Ação Correta – Pensamento Correto diz respeito ao funcionamento da mente. Fala Correta refere-se a utilização da linguagem. Ação Correta abrange tudo o que fazemos em relação a nosso comportamento pessoal e o comprometimento em não causar danos ou fazer algo que seja prejudicial aos outros. Significa executar da melhor forma possível as conclusões corretas obtidas por meio do Pensamento Correto e do Entendimento Correto.
5. Modo de Vida Correto – Equivale a ganhar a vida de modo correto. O trabalho que fazemos neste mundo produz muitas sementes Kármicas, que podem ser atenuadas seguindo-se os preceitos do Caminho do Meio, o qual nos ensina a evitar extremos em tudo – equilíbrio e discernimento são aspectos fundamentais da sabedoria. Devemos viver a vida guiados por uma bússola ética e moral, deixar os valores e princípios guiarem nossas ações e intenções. Você deve evitar empregos ou situações que violem seus valores éticos.
6. Esforço Correto – Procurar sempre mudar para melhor, tornar-se mais sábio e correto. Com Esforço Correto, entendemos melhor o nosso Dharma a cada dia que passa e aprendemos a aplicá-lo em nossa vida. Requer tempo e paciência. Resulta em pensamentos claros e na capacidade de visão ampla dos fatos.
7. Concentração Correta – Viver no “aqui-agora”, desligar o botão do piloto automático e enxergar nossa própria essência. Para tanto, se faz necessário desfazer laços que eventualmente nos prendam ao passado, bem como não centrar demasiadas espectativas às idealizações sobre nosso futuro. Esta consciência nos ajuda a enxergar o mundo como ele verdadeiramente é.
8. Meditação Correta – Trata-se de um mergulho interno para o reencontro de nossa essência. É parte fundamental do caminho para a sabedoria. Somente quando atingimos um estágio elevado de consciência, alcançamos o distanciamento e desapego necessários para se tomar decisões corretas e escolhas conscientes.
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