sábado, 11 de junho de 2016

DEPRESSÃO, o mal da civilização










Tristeza e pessimismo diante de uma paisagem espetacular.

A pessoa em depressão não consegue reconhecer nada de bom no seu entorno.








Pessoas comuns e normais costumam passar por problemas e atribulações em suas vidas. Vivem bons e maus momentos, mas estão sempre na busca do equilíbrio, procurando passar a maior parte do tempo estabilizadas em períodos de sincera felicidade, mesmo sabendo que isto não será sempre possível. Pessoas em alto grau de preparo emocional oscilam menos, de modo que os percalços da vida pouco lhes afetam. 

Mas, infelizmente, por outro lado, pessoas com DEPRESSÃO passam a maior parte do tempo no lado escuro da vida e raramente encontram o prazer de viver. Não por que não queiram ou porque decidiram fazer greve contra a alegria, mas, ao contrário, parece que alguma força maior as impede de fazer qualquer movimento no sentido de sair das armadilhas. 


Alguns sintomas e sensações são comuns nos indivíduos acometidos pela chamada "doença da civilização": sensação permanente de cansaço e fadiga, falta de vontade,  distúrbios do sono, aumento ou diminuição rápida de peso, dor de cabeça, tensão muscular, dores generalizadas e baixa imunidade contra infecções e doenças. Nenhum prazer em sentir a vida pulsando..., como é natural nas pessoas saudáveis.

Segundo levantamento realizado pelo Hospital Albert Einstein, de São Paulo, a partir dos 14 anos de idade a doença se espalha de maneira uniforme entre a população brasileira, gerando dois milhões de novos casos por ano. Um estudo da OMS no ano de 2017, aponta um contingente total de 22 milhões de depressivos no país.  Estes números absurdos colocam o Brasil como o primeiro do ranking da Depressão no planeta, onde existem aproximadamente 120 milhões de doentes. O mesmo estudo apontou o Japão como o país menos depressivo, o que de certa forma vai contra o senso comum, que enxerga o japonês como um povo introspectivo e carrancudo, enquanto o brasileiro é visto como a cara da alegria. 

Este contraste desfaz um dos principais mitos da Depressão, aquele que a identifica com tristeza, sofrimento e timidez. Estes são sentimentos comuns e normais, pelos quais todos passamos em alguma fase de nossas vidas. É diferente da DEPRESSÃO, que se caracteriza pela estagnação da Energia Vital no indivíduo. Simplesmente falta vontade de viver. Ainda que a mente concreta se convença de que é necessário tomar providências para sair da situação, os demais componentes do SER se mostram incapazes de reagir. Do ponto de vista holístico e esotérico, é um corte radical no fluxo da energia prânica, o primeiro passo na alimentação do prazer de estar vivo.   

Na verdade, a Depressão é um fenômeno decorrente da falta de identidade pessoal, na qual o indivíduo não encontra amparo em suas raízes. É como uma árvore deslocada de seu ambiente natural da floresta. Vejamos o exemplo de uma árvore plantada numa calçada urbana: com o tempo vai perdendo viço, apodrecendo por dentro, até que desaba numa noite de chuva com vento, enquanto suas irmãs da floresta encontram abrigo e sustentação umas nas outras. Como parte integrante da Natureza, o Ser Humano também se nutre da energia COLETIVA. Somos diferentes fagulhas de uma mesma chama sagrada. 

Existem três principais TEIAS de sustentação para um ser humano, em seu estado atual de evolução no Planeta:


FAMÍLIA - Embora esteja perdendo importância no mundo moderno, o Sobrenome ainda é o principal referencial da RAIZ de uma pessoa. Em torno de uma herança genealógica se forma uma TEIA de interesses e responsabilidades, a chamada "honra familiar", que costumava inibir muitos desvios de caráter, além de propiciar uma noção confortável de Pertencimento. "Pai, encontrei um namorado", anunciava a mocinha. E o pai logo perguntava: "De que família é o moço". A simples menção de um Nome era garantia de procedência.  Hoje em dia, as famílias estão mais para networks (cadeias de relacionamentos), o que é diferente do conceito de Teia. Almoços de domingo na casa da Vovó não são suficientes para formar uma Teia. Provavelmente, quando a Vovó se for, a cadeia de relacionamento vai se desfazer. 

GRUPOS DE INTERESSE - Estão substituindo as famílias nos tempos modernos. Trabalho, Igreja, Bar ou Clube, etc, são pontos de onde emanam energias positivas de gratificação no convívio social, assim como sentimentos de integração pessoal. 

TRADIÇÃO CULTURAL - Passada de geração em geração dentro de uma determinada comunidade. Músicas e danças, contos e provérbios, gastronomia e folclore, etc, ou seja, tudo aquilo que caracteriza um grupo social e o identifica diante do outro.
Quanto mais enraizado o indivíduo estiver, maior será seu equilíbrio interno, o que por si só é um poderoso antídoto para a DEPRESSÃO. Na falta desses pontos de enraizamento, perde-se a sensação de pertencimento a uma EGRÉGORA, abrindo espaço para doenças como a Depressão.  A  sensação de estar "fora de contexto" é como uma floresta de eucaliptos ou pinus-elliotis, onde os passarinhos não fazem ninho nem os animais selvagens proliferam: é tão estéril que não obedece a inteligência natural, que a tudo procura adaptar e integrar. 
   
ATITUDES ANTI DEPRESSIVAS  

Sendo tipicamente uma doença associada à INÉRCIA, a Depressão perde força diante de  algumas atitudes que se pode tomar na realidade cotidiana:

  • Diminuir gradativamente a tendência de auto punição. É um processo de reeducação da baixa auto estima. Significa ir trocando dores maiores por dores menores, ante a impossibilidade imediata de eliminar as penas auto impostas a si mesmo pelo indivíduo em depressão. 
  • Nunca deixar a Espera matar a Esperança. O ditado "quem espera sempre alcança" nem sempre se aplica. Muita gente passa a vida esperando estar preparado para uma determinada aventura ou ousadia, mas isto nem sempre é possível. O encontro da "oportunidade" com o "preparo" só acontece para quem ousa. Alguns chamam esse feliz evento pelo nome de Sorte, mas, assim como nas loterias, só ganha quem compra um bilhete. 
  • Tomar decisões. Quem decide corre o risco de errar. Aquele que não decide, já fracassou. 
  • Autorizar a si mesmo o bem que faz aos outros. É muito comum entre pessoas depressivas não se sentirem no direito de obter qualquer tipo de gratificação prazerosa, como o crente que espera um lugar no Céu, pelo qual necessita pagar com seu sofrimento e dor aqui na Terra.   
  • Perdoar, sempre. Depressivos costumam se achar injustiçados pela vida. Pode ser que sim, pode ser que não! Pela via das dúvidas, convém perdoar a todos. Mágoas e raivas só alimentam o sentimento de revanche, que é altamente prejudicial a uma vida saudável. Quem busca a vingança sempre terá o próprio EGO como foco. E este atributo da Personalidade nunca será bom conselheiro. A chave do desapego está no PERDÃO. Mas, atenção! Perdoar não significa apenas "esquecer". O verdadeiro perdão está no ato de lembrar todos os detalhes e, ainda assim, torná-los completamente irrelevantes para o seu atual momento de vida, até um provável ponto onde seja possível rir dos acontecimentos passados. 
  • Fixar metas atingíveis.  Para se convencer de que é "um caso perdido", o depressivo se impõe objetivos muito acima da sua capacidade de realização, onde o fracasso é garantido, realimentando a baixa auto estima. É preciso fixar metas não tão fracas que não representem desafio algum, nem tão altas que se mostrem impossíveis. Se necessário, deve-se buscar ajuda de outra pessoa mais experiente. 
  • Buscar o crescimento espiritual. Não se tem notícia de um mestre espiritual depressivo. Indivíduos que estejam verdadeiramente no caminho da ascensão espiritual, costumam passar anos isolados, sem o auxílio de bases familiares ou grupais, e no entanto são pessoas naturalmente otimistas e conectadas com a alegria de viver. Suas Teias de sustentação são INTERNAS, e estão fincadas em práticas de reconexão com a energia da verdadeira Fonte Divina. As práticas de Meditação é o caminho inicial que leva ao Nirvana.



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