TEOSOFIA é uma palavra composta dos radicais gregos Theos (deus) e Sophia (saber). Significa, então, “sabedoria de Deus” ou “sabedoria das coisas divinas”.
No século III d.c. existia no Egito uma escola filosófica classificada como neo-platônica, por que se baseava nos conceitos clássicos do filósofo grego Platão (428 ac - 347 ac). Estes egípcios eram conhecidos como Philatetheus, que em grego, a língua que falavam, significa "amantes da verdade". Eram também Analogistas, por que não buscavam a verdade apenas nos livros, mas em estudos comparados dos fenômenos da natureza, da alma humana com o mundo físico, etc.
Foi neste período que o filósofo egípcio Amônio Saccas e seu discípulo Plotino fundaram a Escola Teosófica Eclética. Este tema ficou bastante conhecido no ocidente quando a espiritualista russa Helena Petrovna Blavatsky, vivendo em Londres, liderou o movimento para fundar a Sociedade Teosófica, o que foi finalmente consolidado em 1875 na cidade de Nova Yorque, sendo o coronel norte americano Henry Steel Olcott seu primeiro presidente.
Foi neste período que o filósofo egípcio Amônio Saccas e seu discípulo Plotino fundaram a Escola Teosófica Eclética. Este tema ficou bastante conhecido no ocidente quando a espiritualista russa Helena Petrovna Blavatsky, vivendo em Londres, liderou o movimento para fundar a Sociedade Teosófica, o que foi finalmente consolidado em 1875 na cidade de Nova Yorque, sendo o coronel norte americano Henry Steel Olcott seu primeiro presidente.
Poucos anos depois, em 1878, Blavatsky e Olcott decidiram que a Sociedade Teosófica deveria fincar suas raízes na Índia, então sob controle inglês, para melhor cumprir sua missão de ligar o oriente ao ocidente, além de trazer a sabedoria do passado da humanidade para a sociedade ocidental atual, basicamente os Estados Unidos e a Europa cristã. E partiram para viver na localidade de Adyar, pertencente à antiga cidade de Madras, na Índia, para onde também foram morar vários dos teosofistas pioneiros, especialmente nos primeiros anos do século XX.
Toda a concepção teórica e doutrinária da Teosofia moderna foi construída por Madame Blavatski ao longo de sua vida. Possuidora de uma mediunidade espiritual muito avançada, ela declara que sempre escrevia sob canalização dos "mestres de sabedoria", também conhecidos como Mestres Ascensos, que são entidades em estado avançado de evolução espiritual, existentes em dimensões muito acima da terceira, esta que ocupamos no plano físico como seres humanos vivos. A obra máxima de Blavatsky, A DOUTRINA SECRETA, serviu de base para os pilares doutrinários da Sociedade, mas ela escreveu muitas outras obras de grande complexidade. Por isso mesmo, quando já estava muito doente e pressentia a própria morte próxima, produziu sua obra final, também sob orientação espiritual superior, o livro A CHAVE PARA A TEOSOFIA, onde procura passar de forma simples e compreensível para leigos, os conceitos básicos por ela recolhidos dos mestres ao longo de sua vida.
Blavatsky sempre fazia questão de afirmar que a Sociedade Teosófica não é proprietária ou criadora da TEOSOFIA, senão que apenas uma ferramenta para ajudar as pessoas a melhor compreenderem e praticarem o aprendizado teosófico, dos aspectos mais densos aos mais sutis. Como qualquer caminho de evolução espiritual, o teosofista deve se sustentar sobre quatro pilares básicos:
- O estudo das obras e ensinamentos disponíveis, necessário para sua formação intelectual;
- A meditação, para aprofundar sua conexão com os vários níveis do espaço sagrado interno;
- O auto conhecimento, para poder identificar o potencial pessoal, assim como suas limitações; e
- O serviço altruísta, uma parte de seu tempo dedicado de forma voluntária em benefício das pessoas que sofrem ou estão carentes de algo que o voluntário é capaz de oferecer, sem esperar nada em troca.
A Sociedade Teosófica tem como tema a frase escrita em sânscrito, Satyan nasti para Dharmah, significando que não há doutrina ou religião superior à Verdade.
Já os objetivos declarados no estatuto da Sociedade Teosófica são três:
1) “Formar um núcleo da Fraternidade Universal da Humanidade, sem distinção de raça, credo, sexo, casta ou cor”.
Não é difícil compreender que a Humanidade é a grande órfã do mundo moderno em que vivemos, "a única deserdada sobre esta Terra", sendo dever de todo ser humano capaz de um impulso altruísta, fazer algo, por menor que seja, pelo seu progresso e bem-estar. Neste sentido, devemos compreender que existe uma "família universal", que é mais que uma "fraternidade", termo em si mesmo já impregnado de machismo e preconceito. Na verdade, a Família Universal inclui, além dos homens, os animais, vegetais e minerais. Todo movimento da vida no planeta está impregnado pela Alma divina. Aos seres humanos, cada indivíduo é possuidor de uma Alma derivada da Mônada que o gerou, ao passo que nos demais reinos existe o conceito de Alma Grupal. Por exemplo, todos os cavalos (ou bois, ou gatos, ou galinhas, ou couves, ou cobres) estão agrupados em uma mesma instituição do mundo trinário superior denominado Alma, correspondente ao seu grupo específico. A conquista de uma Alma individual só se dá quando o ser em evolução no Planeta atinge o status de Humano. No entanto, não cabe ao Ser Humano o papel de entidade superior, por que TODOS SOMOS UM, na medida em que todos os seres, sejam humanos, animais, vegetais ou minerais, somos feitos do mesmo "barro" divino.
2) “Encorajar o estudo de Religião Comparada, Filosofia e Ciência”.
A explicação para a estrutura do Cosmos não se dá para uma criança, por que ela não tem as condições desta compreensão. Assim, o estudo se dá do mais simples para o mais complexo. A filosofia oriental pode ser incompreensível para uma mente acostumada aos dogmas do ocidente. Portanto, o ambiente de liberdade é imprescindível para a investigação da Verdade. De fato, a primeira coisa exigida por um ambiente de liberdade é a eliminação de dogmas. A religião e a ciência caminharam separadas ao longo de muitos séculos. Agora, com as descobertas dos cientistas da física e da engenharia quântica, muitos conceitos científicos estão se aproximando da religiosidade. O próprio Einstein, talvez o maior gênio da ciência moderna, teve um intenso contato com vários mestres religiosos, entre eles o nosso Huberto Rohden, catarinense aqui de São Ludgero, perto de Tubarão. Quando Blavatsky propôs este objetivo, ela estava pensando também na disseminação do conhecimento antigo contido na literatura brahmânica e budista da Índia e do Tibet. Por outro lado mais racional, a compreensão dos fenômenos da natureza humana é importante para o crescimento espiritual, por que, como diz o axioma hermético empregado pelo mundo místico, "assim como é em cima, é em baixo", que tem mais ou menos o mesmo significado da frase "somos todos um".
3) “Investigar as leis não explicadas da Natureza e os poderes latentes no homem”.
Diz respeito à investigação científica e filosófica para o trabalho de desvendar os mistérios ainda ocultos à condição humana. As religiões tradicionais ocultam aos crentes a revelação de verdades espirituais, especialmente aquelas que possam ameaçar a fidelidade dos clientes à estrutura hierárquica eclesiástica. Nos movimentos teosóficos, estes bloqueios são inadmissíveis. Ao longo da história, as várias aglomerações humanas e nações criaram vários mitos e mistérios para explicar as razões de nossa presença aqui, o que se espera de nós em termos práticos e qual será nosso destino cósmico. São druídas, egípcios, judeus, nórdicos, gregos, indígenas, tribos africanas, etc, detentores de conhecimentos muito importantes sobre a atual passagem humana sobre a Terra. Por outro lado, importantes escolas iniciáticas que apontam o futuro da humanidade estão em plena atividade. É importante conhecer seus conteúdos e visões de mundo. Sem preconceitos ou dogmatismos.
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