Visão artística sobre a energia do sopro divino, a Mônada |
Conheço muitas pessoas que se consideram infelizes. Por que são pobres e trabalham muito para sobreviver, ou por que não têm trabalho que lhes dê a renda que precisam, ou por que foram abandonados pelo grande amor de suas vidas, ou por que perderam todo o dinheiro que tinham, ou por que perderam uma parte da riqueza, enfim, motivos não faltam para que aleguem sua Infelicidade militante. E já amanhecem o dia se amaldiçoando. Colocam negatividade em todos os lugares por onde passam, impregnam de pessimismo os serem com os quais convivem. São realmente tremendamente infelizes.
Sempre que eu encontro pessoas assim, tento dar-lhes uma perspectiva cósmica. Mostro-lhes que, diante do universo, elas próprias são tão desimportantes, que não vão fazer nenhuma diferença no contexto geral. Não vale a pena, literalmente. Quer dizer, o seu penar não tem qualquer importância diante do absoluto, diante da eternidade e diante do mistério dos espaços siderais. Faço-as ver que este corpo biológico que sofre, está longe de ser o centro do mundo, como elas se acham. Esta entidade física constituída de sangue, água, minerais, sistemas de alimentação, de circulação, de eliminação de resíduos, de procriação, etc, que é o nosso corpo humano, está muito longe de ser a principal atração da vida no planeta. A manifestação da pessoa física que habita esta terceira dimensão, em termos quânticos, está no sétimo nível da cadeia de realidades ou mundos paralelos que compõe o aqui/agora, a realidade da existência. Existe um segundo nível energético, logo acima do corpo físico, envolvendo o indivíduo. É o corpo etérico, cuja função é alimentar o corpo físico com energia, o prana cósmico, energia universal, para manter funcionando cada órgão do corpo físico. As doenças se instalam primeiro no órgão duplicado energeticamente neste corpo etérico, de modo que seria possível curá-las antes que elas chegassem a se instalar no corpo físico. É ali que ocorrem as cirurgias espirituais, por exemplo. A terceira camada energética é o corpo astral, que guarda o projeto de vida que construímos antes de nascermos, além do histórico de tudo o que já tínhamos planejado antes, em outras vidas passadas. Se a evolução da pessoa não se completou na sua passagem pelo planeta, ela terá uma nova chance. Poderá voltar em outra vida, carregando o mesmo corpo astral, e ganhará de presente um novo corpo etérico e um corpo físico novinho. Poderá até trocar de sexo, aliás, é obrigatório que o faça a cada sete vezes que passar por este planeta. O corpo astral é eterno e seguirá com o mesmo Ser até sua iluminação final, até subir aos céus, que é o destino final de todos, nem que tenham que passar milhões de anos por aqui, em várias vidas de aperfeiçoamento. Portanto, esquece o que lhe falaram sobre condenação eterna.
Para encurtar a história, acima dessas três camadas inferiores, ainda existem quatro níveis de consciência superiores: a quarta camada, onde se armazenam os cinco sentidos, instintos e sub-consciente; a quinta camada, a mente espiritual, onde se armazenam os desejos e pensamentos mais sublimes e nobres, presente só num pequeno número de seres humanos; a sexta camada, veículo da fraternidade universal e da intuição espiritual, que também ainda não está presente nos seres humanos encarnados; e, finalmente, a sétima camada, o corpo átmico, que corresponde à centelha divina dentro de nós, o Deus que nos habita a todos os seres, que nos liga à Mônada, ao inexplicável sopro divino, do qual não temos informação suficiente sequer para definí-lo. A energia divina simplesmente não pode ser explicada em termos inteligíveis para o nosso cérebro. Todos os emissários Dêle ou portadores de sua Palavra, não passam de meros demagogos.
Veja que o caminho que temos a percorrer não é curto. Mas, é bom saber que não estamos sozinhos. Para nos ajudar, vários seres de Luz estão a nos espreitar, do espaço cósmico. Às vezes, nos visitam pessoalmente e permanececem ao nosso lado, ajudando em momentos cruciais. Seres muito mais evoluídos, que já cumpriram seu ciclo de encarnações em alguma galáxia perdida na imensidão infinita. Alguns deles estão logo ali, numa frota intergalática chamada Ashtar, encarregada de cuidar da evolução do planeta Terra. Eles não interferem no nosso livre arbítrio, mas, estão atentos para impedir que as bobagens que fazemos interrompam a evolução cósmica, como, por exemplo, uma guerra nuclear que destruísse o planeta acidentalmente. Além dessa ajuda, de vez em quando um ser superior nasce entre nós, com a missão de fazermos dar um salto para a frente, tanto em termos tecnológicos como morais. Dois desses seres são Jesus Cristo e Buda. Uma vez por ano eles se encontram, sobre as montanhas do Himalaia, para avaliar nosso comportamento e nos abençoar com as energias que precisamos para o estágio atual de nossa estupidez espiritual, aprendizes que somos.
Ao ler estas linhas, meu amigo Pragmático fez uma observação irônica:
--- Deu pra escrever contos de fadas?--- Mais ou menos ...
--- Mas, olhe, até que gostei desse teu universo, heim! Eu ficaria muito contente se pudesse viver nele. Não carregaria tanto peso nos ombros. Você acha que ele existe, mesmo?
--- Não. É apenas delírio de uma mente desocupada ...
Lindíssimo texto. Você conseguiu dar muita informação em poucas linhas. Isso deveria ser materia escolar, já que as religiões andam de cabresto.
ResponderExcluirMuita luz..
Vera Marcia
Perfeito! Bravo!
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