Sou um especialista em política paranaense. Acompanho os acontecimentos desde 1961, quando tinha dez anos de idade e vi a eleição de Nei Braga. Será que está vivo?
Tenho na memória a lembrança do meu norte do Paraná, terra que nunca vou esquecer. Estará marcada para sempre dentro de mim.
Já disse aqui antes que,
quando Jaime Lerner passou o governo para Roberto Requião, lá no longínquo
janeiro de 2003, saiu do palácio diretamente para o aeroporto afim de embarcar
para Moscou, onde iria morar e produzir sua arte maravilhosa arquitetônica,
pois tinha certeza que os novos governos Estadual e Federal, com promessas
moralizantes de Requião e Lula, não lhe iriam perdoar e fariam tudo para
colocá-lo na cadeia. Pois é, fizeram nada.
Dentro de um grande acordo com os criminosos da "privataria",
fenômeno que entregou para o capital internacional nossas principais riquezas,
o governo Lula esqueceu a auditoria que prometera realizar. Da mesma forma
Requião, no Paraná, além do esquecimento, continuou a entregar mais estradas
para os vergonhosos pedágios incondicionais, pois você não tem alternativa,
paga e não bufa. Viajar de carro ficou
inviável no Paraná. Na última vez que fui visitar minha família em Maringá, ao
longo dos 400 km de estradas, a maioria em pista comum, parei em 13 postos de
pedágio, que me levaram mais de 50 reais só na ida. Fora o combustível. Daqui
pra frente está decretado, em nome da economia doméstica: Vou de ônibus. Mesmo
que não possa mais levar os cachos de banana e as tainhas que costumava
presentear ao pessoal de lá.
Zezé, quanta saudade! O Paraná será sempre grato por esses mineiros. "Pras ribas de Piraquara a devassa nunca para!".
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