segunda-feira, 29 de junho de 2015

MEDITAÇÃO







FILOSOFIA pode ser um caminho para o auto conhecimento, através do aprendizado que leva à SABEDORIA. Também sabemos que o principal campo de batalha do Ser Humano está dentro dele mesmo. Dentro da estrutura Setenária do Homem, expressa em sete níveis de corpos, os quatro inferiores, que compõe a PERSONALIDADE: Corpo Físico, Etérico, Astral e Mental.  E os tres corpos superiores, que definem o INDIVÍDUO, guarnecido por um ESPÍRITO eterno: Corpo Causal, Búdico e Átmico. 


NÍVEIS DE CONSCIÊNCIA (corpos)

Na busca da EVOLUÇÃO, os planos relacionados com a PERSONALIDADE do ser humano são os que precisam ser trabalhados através de jornadas constantes, que a maioria das religiões trata como Reencarnações. O trabalho começa no âmbito do corpo FÍSICO, cultivando a saúde necessária para controlar os efeitos maléficos do meio ambiente e social. O campo físico está influenciado energeticamente pelo campo ETÉRICO, principalmente por que nesta aura de energia estão os CHACRAS, verdadeiras usinas que alimentam o Ser com o Prana necessário para sua sobrevivência no planeta. PRANA é a energia vital que alimenta todos os seres vivos, também conhecida como KI (ou chi), a Energia Universal. Vimos que os corpos Físico e Etérico pertencem à terceira dimensão, ao mundo da matéria densa, e que estes corpos desaparecem com a morte do ser humano em seu estado físico. O Corpo Astral permanece de vida após vida, retendo os aspectos emocionais do Ser, até que este não mais necessite da roda de reencarnações, por ter atingido um nível de evolução tal que tenha cumprido as etapas iniciais de seu Aprendizado Cósmico. O Corpo Mental é constituído de matéria sutil chamada Pensamentos e tem como foco o gerenciamento dos níveis relacionados à Personalidade. Também se mantém de vida em vida e permanece agregado ao Espírito, mesmo depois que o Ser descarta seu Corpo Astral, depois de cumprida a roda de reencarnações no plano físico. 






Os níveis de consciência representados por cada Corpo correspondem às dimensões dos locais situados no TEMPO e no ESPAÇO, onde estão, entre outras coisas,  os espíritos desencarnados. Alguns seres humanos com capacidades especiais, conseguem navegar conscientemente através dos planos do Tempo/Espaço para os quais está autorizado pela Divindade, voltando depois para o mundo físico que habitam como seres encarnados. 

Assim,  vamos encontrar no terceiro plano, acima do Físico e do Etérico, o corpo/plano ASTRAL, que é composto de sete sub níveis que vão num crescendo, desde o sub nível mais próximo do mundo físico, para onde vão inicialmente as ALMAS que passaram ao Astral em pior estado, dentro de uma escala qualitativa do aprendizado feito na vida física. São seres  muito mal desenvolvidos, que carregam Karmas (culpas) muito severas. Este sub nível inicial também é conhecido como Limbo Astral ou Inferno. Daí pra cima desenvolvem-se mais seis sub planos ou sub níveis, que estão diretamente relacionados com a capacidade evolutiva acumulada pelos Seres que os habitam. Do ponto de vista qualitativo, quanto mais alto o plano astral, em melhor nível espiritual estão os seres que o habitam. Desse modo, podemos explicar a expressão popular "sétimo céu", utilizada para designar o local especial do mundo astral onde estão os seres de maior evolução. Os seres mais evoluídos têm autorização para baixar aos níveis inferiores, em missões de ajuda, estudos, observação ou correção de rumos, como queiram, mas os seres dos níveis inferiores não podem subir acima do que lhe foi destinado de acordo com seu processo evolutivo, transcorrido através de suas jornadas reencarnatórias ou suas vivências e aprendizados experimentados já no Plano Astral. 

No plano/corpo seguinte, acima do Astral, encontra-se o corpo/plano MENTAL, o mundo dos pensamentos, intensamente influenciado  pelos desejos e reflexões ainda confusas, impregnadas das imprecisões do plano astral e seu funcionamento no terreno das emoções e dos desejos. No mental são produzidos os pensamentos concretos, que se utiliza da mente concreta física para expressá-los no mundo físico da terceira dimensão. O Corpo Mental se mantém através das reencarnações e, mesmo depois do desaparecimento do Corpo Astral, o Mental segue com o Espírito para os níveis que lhe serão designados pela evolução cósmica.





MEDITAÇÃO 

É o exercício de pensar de forma concentrada. Do ponto de vista exotérico, MEDITAÇÃO é o ato de elevar a consciência pessoal para os planos do mundo espiritual, de modo a obter os benefícios da INTUIÇÃO e da CONTEMPLAÇÃO, e fazê-los influenciar nos planos da Personalidade e Consciência. Também se diz que MEDITAÇÃO é o estado em que a mente concreta perde o controle sobre si própria, possibilitando a abertura de um canal direto com a inspiração divina. 

O objetivo primordial da MEDITAÇÃO, portanto,  é elevar a atenção para os níveis superiores da existência, partindo do Físico/Etérico para os mundos das camadas da Emoção e Mentalização. Através da meditação é possível atingir a tríade espiritual superior existente em cada Ser, constituída didaticamente por três camadas, a saber: Causal, Búdica e Átmica. 

Evidentemente, este é um processo difícil, acumulativo e demorado. Nas primeiras experiências, talvez o Ser meditativo nem consiga ir acima da mente concreta, no Corpo Físico. 

A Meditação é o exercício para o desenvolvimento dos corpos Astral e Mental, assim como a ginástica e práticas desportivas são exercícios para o corpo Físico. A pessoa que medita se acostuma a manter o foco naquilo que é importante no determinado momento, sem abstrair-se em pensamentos fragmentados e fugidios, sem desperdiçar energia. O Homem que medita governa os acontecimentos no caminho da evolução para tornar-se um INDIVÍDUO, aquele que se conhece e se domina. 

Todas as religiões e escolas filosóficas recomendam a meditação. Santo Afonso, um bispo católico fundador dos Padres Redentoristas, na altura do ano 1750, disse a respeito da Meditação que ela é a "fornalha abençoada na qual as Almas são infladas pelo amor divino". Existem muitos tipos de Meditação e cada qual deve achar o método que lhe melhor lhe pareça. A prática deve ser diária e, de preferência, sempre no mesmo horário, de modo a criar um ambiente pessoal afastado das frivolidades da vida cotidiana. Muitos praticantes preferem o nascer do sol, quando as energias telúricas estão em seu melhor momento do dia. 

Mantida a prática diária, dentro de algum tempo a conexão com os planos superiores da consciência se dará de forma automática, obtendo bençãos de fontes cada vez mais altas, gerando poderosas formas-pensamento no mundo Mental, desde que o pensamento e os sentimentos sejam totalmente altruísticos, destituídos de egoismo. 




FORMAS 
DE 
MEDITAÇÃO







"O Homem se torna aquilo que pensa" é um ditado da sabedoria hindu. Uma boa forma de se iniciar na prática da Meditação é dirigi-la para a melhoria do caráter, através do foco numa VIRTUDE desejada para si mesmo, como por exemplo a "mansidão", uma maneira não agressiva de ser e estar no mundo. O praticante pode se concentrar no assunto, imaginando-se como detentor das qualidades associadas a essa virtude, como a forma de falar, pensar, desejar, imaginando a inofensividade como característica de seus próprios atos cotidianos, a maneira como esta virtude se manifestaria num Homem Ideal, como esse Homem Ideal trataria as pessoas e assim por diante. Meditando diariamente, em pouco tempo sua vida passaria por uma enorme transformação em seu modo de agir, tal como descreve o filósofo egípcio Plotino (205 dc - 270 dc):  

"Recolhe-te em ti mesmo e observa. ... corta o excesso, endireita o que está torto, leva luz ao que está sombrio, ... até que vejas a virtude final estabelecida com firmeza ...".  

Conta-se nas escrituras védicas que um certo homem meditou sobre um tema bastante complexo: a verdade. Depois de quarenta anos, ele se afinou tanto com a verdade, que sabia sempre quando alguém estava mentindo, pela vibração que sentia em seu íntimo. Alguém perguntará: para que serviria isso? Imaginemos esse dom como parte das qualidades de um juiz e o quanto isso lhe seria útil em sua prática.   

Outra forma de meditar é a DEVOCIONAL. Elevar o pensamento para a figura de um Mestre ou, se preferir, na Divindade. O praticante deve concentrar-se na figura de sua devoção, em seus diferentes aspectos, de forma a avivar em sua mente os sentimentos de gratidão, admiração, reverência, etc. Ao se concentrar num Mestre real, como Jesus Cristo, por exemplo, forma-se um centro magnético, uma linha de luz ligando o praticante e a presença interna desse Mestre, influência que continua a existir depois que a meditação termina. 

O MANTRA é outra forma de Meditação. Uma oração ou um cântico é escolhido como tema e repetido continuamente, muitas e muitas vezes, formando uma sequência de sons, normalmente identificados com uma linha de pensamento religioso ou filosófico, sequência esta através da qual o devoto dirige sua mente concentrada para um objeto, que pode ser um rosário da igreja católica, um Deus de qualquer religião ou crença, um sentimento altruístico como o Amor, a Compaixão, etc.   


A MEDITAÇÃO DINÂMICA foi proposta pelo místico indiano Bhagwan Shree Rajneesh, também conhecido como Osho (1931-1990), o qual considerava que o homem ocidental havia perdido a capacidade de se concentrar num só propósito. Este homem moderno estaria submetido a um turbilhão tão grande de informações e preocupações, que se lhe fosse possível estancar num momento qualquer espécie de pensamento, por poucos segundos que fosse, isso representaria um enorme avanço em seu processo de acessar seu verdadeiro Ser. Assim, a meditação Dinâmica de Osho é baseada em exercícios intensos, que incluem saltos, danças e movimentos involuntários, acompanhados de percussão e músicas eletrônicas, por aproximadamente 40 minutos, até que uma voz dá um comando de Pare!, momento em que os praticantes devem cessar todos os movimentos e ficar imóveis, prestando atenção unicamente em sua respiração, nesta altura bastante acelerada. Este seria o momento em que a mente "para" por alguns segundos, propiciando a experiência meditativa. Não por acaso, Osho foi o "profeta da juventude", pois sua meditação corresponde a uma verdadeira corrida de obstáculos! Mas, funciona. Eu a experimentei várias vezes. 

Há vários outros tipos de Meditação, incluindo algumas linhas de Yoga, algumas práticas sexuais religiosas védicas chamadas Tântricas. Algumas meditações são baseadas no movimento, outras na respiração, e assim por diante. Eu desenvolvi um método pessoal baseado na imposição das mãos sobre os chacras. Como sabemos, as mãos são ferramentas incríveis para a canalização de energia prânica. Então, eu as utilizo como na técnica do Auto Reiki, iniciando o toque no chacra coronário (no alto da cabeça) e descendo um a um até o chacra básico (no períneo), e logo após iniciando o movimento contrário, do básico até o coronário. Em cada um dos sete chacras eu paro por algumas respirações profundas, enquanto mentalizo uma virtude ou um desejo altruístico de melhoria, previamente programado e constante, para criar a necessária egrégora energética, ou seja, o canal de conexão com o nível de consciência mais alto possível a que tenho acesso naquele momento da prática, de acordo com a presente etapa de meu desenvolvimento espiritual. No início e no final, há um momento de mentalização dos símbolos do Reiki, mas, isso não é obrigatório para quem não é reikiano.  


  Krishna Das recebe o prêmio Grammy   


Deepak Chopra ensina a meditar



domingo, 28 de junho de 2015

Mundos para além do visível - PARTE 3 - ESTRUTURA SETENÁRIA DO SER HUMANO

Os quatro cavalos de Buda.
O melhor responde pela intuição. O pior só responde debaixo do chicote.  

Helena Petrovna Blavatsky pode ser considerada como a pessoa que ligou a tradição religiosa oriental antiga com a anunciada Era de Aquário, um novo período de desenvolvimento para a humanidade, sucessora da Era de Peixes, que se caracterizou pelo nascimento e exuberância do cristianismo. Uma era cósmica terráquea dura mais ou menos isso, uns dois mil anos, e cada era tem seu inspirador. No caso da Era de Peixes, fica muito claro que o seu inspirador foi Jesus Cristo, aquele que foi anunciado como o filho de deus, o messias que tentou trazer a lei do amor para os homens, mas foi rejeitado tanto pelos judeus, povo de onde veio ao mundo fisicamente, como foi praticamente rejeitado também pela humanidade como um todo, pois é evidente que sua lei foi aceita apenas por uma quantidade muito pequena de seguidores, tendo sido rejeitada pela imensa maioria dos povos  humanos. Isso fica demonstrado ao se observar o atual quadro da vida no planeta Terra, mesmo e principalmente diante da perspectiva histórica do cristianismo, que parece ter falhado na missão de transformar a humanidade segundo sua lei do Amor Universal, "nunca faça aos outros o que não queres que façam a ti mesmo."

Antes de Blavatsky, o místico frances Alan Kardec abriu o caminho para a introdução de dois conceitos fundamentais na evolução para além do cristianismo tradicional. A lei do Karma e seu conceito correlato de Reencarnação. No entanto, apesar dessa revolução fantástica na forma de pensar a religiosidade, Kardec ficou centrado em suas experiências de observação do mundo astral e os espíritos "desencarnados" que o habitam. Não se preocupou muito em romper com o cristianismo, ao contrário, fez deste sua base de ação no mundo real e, talvez por isso mesmo, o assim chamado Espiritismo é o movimento ético religioso que melhor pratica o Amor Universal, através da sua assumida missão de focar nas ações da Caridade, a ajuda aos necessitados em todos os campos da realidade humana e social, sem esperar qualquer compensação em troca.

Blavatsky, ao contrário, foi buscar nas civilizações antigas as bases de sua concepção filosófica e religiosa, à qual chamou  de Teosofia, nome que pegou emprestado da fraternidade dos chamados Philatheteus (amantes da verdade), uma fraternidade de filósofos na antiga Alexandria, Egito, que teve seu auge por volta do ano 300 d.c. Estes filósofos pregavam que a sabedoria não poderia ser aprendida apenas com os livros, nem pelas crenças, mas, a partir da prática na vida diária, entendida esta como prestação de serviço à humanidade. Alexandria, a sede dessa fraternidade, contava com a mais importante e completa biblioteca do mundo antigo, que foi destruída completamente. Consta que levaram-se seis meses para queimar todos os pergaminhos e papiros. Não está definido historicamente o responsável por esse crime lesa-humanidade. Os cruzados cristãos acusavam os árabes, porém, apesar dessa ser a versão mais popularmente aceita, sabe-se que quando os muçulmanos conquistaram o Egito, a biblioteca já estava destruída. Por seu lado, os egípcios muçulmanos e de outras linhagens acusam os católicos romanos. O fato é que ali se perdeu um imenso tesouro para o conhecimento humano.  

A ERA DE AQUÁRIO é uma nova oportunidade que se apresenta para a HUMANIDADE

Além dos ensinamentos da civilização greco-romana, uma das bases do pensamento teosófico está no Budismo, filosofia que floresceu a partir das reflexões de Sidharta Gautama, um príncipe de um reino da região entre a India e o Nepal,  que abandonou sua condição de nobre e passou a vida buscando o Nirvana, o estado de iluminação. Interessante notar que ele foi contemporâneo de Pitágoras, Lao Tsé, Zoroastro e Heráclito, mesmo e provavelmente sem saberem um dos outros, num período dos mais férteis para a espiritualidade humana.  

O BUDISMO tem quatro princípios fundamentais:

1) Toda existência é insatisfatória e cheia de sofrimentos.
2) O sofrimento é causado pela ignorância e pelo desejo.
3) O sofrimento e a insatisfação podem ser superados pelo crescimento espiritual.
4) O desenvolvimento da espiritualidade é o caminho que leva ao estado de Iluminação. 

No último discurso aos seus discípulos, antes de tornar-se O Buda (o iluminado), Gautama falou da "lei das oito certezas", ou o caminho que leva à superação. Seriam elas: a "compreensão certa (fé)", o "pensamento certo (vontade)", o "discurso certo (linguagem)", a "conduta certa (ação)", o "esforço certo (aplicação)", a "vida certa (meios de subsistências justos)", a "atenção certa (memória)" e a "concentração certa (meditação)".   

A cultura sânscrita dos antigos povos da Índia está contida na epopeia mística "A Grande História dos Bharatas", ou Mahabharata, um conjunto de relatos poéticos que abrange o período de dois mil anos, entre 1700 a.c. até aproximadamente 300 d.c., quando o compêndio ganhou formas definitivas consolidadas a partir das várias versões da tradição oral. O Mahabharata narra a disputa entre os Pandavas e os Kuravas, duas famílias bastante próximas entre si, pela posse de um reino no norte da Índia. Os momentos que antecedem o confronto final, ficou conhecido como Batalha de Kurukshetra, nome de uma cidade da região, mas que corresponderia ao confronto interno do ser humano pelo seu desenvolvimento e evolução espiritual, seu principal campo de batalha. Esse é o trecho mais famoso da narrativa, conhecido como Baghavad Gita, ou "Canção de Deus". É a principal escritura sagrada do hinduismo. 


Além dos ensinamentos de Buda e da cultura védica indiana, Helena P. Blavatsky compilou várias outras influências do mundo antigo, da Mesopotâmia ao Egito, dos judeus-cristãos aos sufistas-muçulmanos, e por aí afora, todos consolidados e sistematizados em sua obra máxima "A Doutrina Secreta".  Esta obra abalou completamente os alicerces do século XIX, fincados na ciência, religião e filosofia. A partir desse primeiro assombro,  ela não pode mais ser ignorada. Em torno da Teosofia se ramificaram dezenas de movimentos espiritualistas no século XX, os quais desenvolveram suas próprias descobertas e concepções de novos paradigmas.    


Não há religião acima da Verdade


Um conceito fundamental nos ensinamentos filosófico-religiosos hindus, e que permaneceram válidos em todas as linhas teosóficas, é a constituição SETENÁRIA de todas as coisas no Universo, incluindo o ser humano. Algumas evidências desse modo SETENÁRIO de pulsar no universo são bastante óbvias: São sete as cores visíveis, sete as notas musicais, sete os dias da semana, etc. 

Dentro de sua estrutura setenária, o SER HUMANO é formado de duas partes bem distintas, uma relativa a sua PERSONALIDADE, considerada de nível inferior, que pode ser expressa espiritualmente como sendo a ALMA.  A outra parte, de natureza superior, é a Tríade Eterna, correspondente ao ESPÍRITO. 


NÍVEIS QUE DEFINEM A PERSONALIDADE DO SER HUMANO:  Neste plano é onde o Ser Humano inicia sua evolução, assim chamada como sendo a SUBIDA para os níveis superiores da EXISTÊNCIA. É onde se manifestam todas as suas imperfeições e incompletudes, que serão objeto de trabalho ao longo de várias encarnações. Recentemente, um ramo do conhecimento exotérico chamado Biocibernética propõe que um ser humano perfeito, ou seja, uma Entidade já pronta, algo completamente distante da realidade planetária, teria que passar quatorze encarnações apenas para fazer sua primeira ascensão aos planos superiores do mundo espiritual. Seriam sete encarnações como masculinos e sete como femininos, afim de equilibrar as vibrações da sua individualidade cósmica. Seres naturalmente imperfeitos, como somos quase todos nós, certamente levaremos uma quantidade muito maior de encarnações, apenas para atingir esse primeiro estágio de desapego da matéria densa, que é o mundo físico-etérico-astral. 



Níveis de ConsciênciaExplicação
 1Corpo FísicoCorresponde ao corpo biológico ou somático. É influenciado pelos ajustes genéticos e recebe impactos ambientais. É sempre o corpo de EFEITOS, nunca de CAUSAS. O corpo físico desaparece com a morte da pessoa. 
 2 Corpo Etérico Aura ou envoltório energético do corpo físico. Todos os órgãos do corpo físico estão energeticamente duplicados no corpo etérico. Nele se localizam os vórtices energéticos principais do Ser Humano, denominados Chacras. Somatiza o Prana, a energia universal, servindo de ligação entre o corpo astral e o corpo físico. O corpo etérico permanece vivo somente alguns momentos ou poucos dias após a morte do corpo físico.   
 3Corpo AstralVeículo das emoções e da consciência do ser humano, é o responsável pelas interpretações das energias relativas aos desejos e sentimentos do Ser.  O corpo astral não morre com a morte física, passando de encanação em encarnação, guardando as memórias emocionais de cada uma delas. Ele só desaparece quando o ser espiritual atingir um nível de evolução tal que não mais necessite da reencarnação.     
 4 Corpo MentalÉ o veículo através do qual o ser humano coordena a execução de tarefas fundamentais para seu desenvolvimento, progresso e sobrevivência. É no corpo mental que se programam no inconsciente do Ser as tarefas-modelo, que serão executadas automaticamente, sem a necessidade de participação da mente consciente. No Corpo Mental está a coordenação lógica dos níveis inferiores do SER, entendidos assim aqueles derivados da PERSONALIDADE que formam a ALMA de cada ser espiritual, que o acompanhará em cada jornada (ou encarnação) de seu processo evolutivo.  


NÍVEIS QUE DEFINEM A TRÍADE ESPIRITUAL ETERNA DO SER HUMANO: Neste plano se desenrolam as respostas para a pergunta crucial: QUEM SOU EU? É aqui onde o INDIVÍDUO (mônada indivisível) faz a sua jornada acoplada a um ESPÍRITO, para realizar seu APRENDIZADO dentro do processo de evolução cósmica.

    Níveis de ConsciênciaExplicação
       5  Corpo CausalVeículo dos princípios e pensamentos abstratos, a mente altruísta do ser humano. Este é o centro onde se acha a linha de demarcação que separa o espírito eterno (bhúdico e átmico) da personalidade inferior. Faz, portanto, a conexão entre o ESPÍRITO e a ALMA. É onde ficam guardados os "registros akáshicos", um balanço qualitativo de todas as encarnações anteriores. A cada nova encarnação, esses registros passam pelo "véu do esquecimento", de modo a escondê-lo dos planos inferiores enquanto se desenrola uma nova experiência encarnatória. 
 6 Corpo BhúdicoO veículo do Espírito puro universal, campo das intuições superiores. É onde ficam armazenados os princípios morais da sabedoria cósmica. Para se ter acesso a este nível espiritual, o Ser deve ter passado por um longo processo de aperfeiçoamento. No entanto, a centelha desse conhecimento puro está em todos os Seres.  
 7Corpo ÁtmicoA unidade com o Absoluto, a Chama Divina dentro de cada Ser. A Vontade Cósmica, o Sopro Divino. Este espaço de pura vibração energética superior é chamado de vários nomes, de acordo com cada linha de religiosidade ou filosofia supra dimensional. É onde habita a MÔNADA, normalmente definida como "Deus em expansão".

Partindo do corpo físico, o objetivo da evolução é subir cada vez mais alto, em direção ao INDIVÍDUO completo e indivisível, o governador de sua personalidade, a expressão da espiritualidade que se conhece e se domina. Essa técnica chama-se MEDITAÇÃO, isto é, fazer com que a mente concreta do ser humano físico possa acessar os planos espirituais, buscando o aprimoramento da sua personalidade instável e provisória. Qualquer ser humano que seja capaz de prestar atenção, ou seja, de pensar com firmeza num só assunto por algum tempo, sem deixar sua mente divagar, estará pronto para começar a meditar. 


sábado, 27 de junho de 2015

Filosofia numa hora dessa?



Um dos símbolos da Filosofia. "O Pensador", de Rodin. 

Filosofia NÃO é RELIGIÃO, no sentido de que não está apoiada em crenças místicas ou dogmas de fé. Para ser filósofo ou exercer o estudo sobre a existência, a verdade ou os valores morais, não é necessário ter qualquer laço religioso ou crer em algum deus.  Por outro lado, também  NÃO É CIÊNCIA, por que está acima dela, no sentido de que é mais abrangente, lida com pensamentos e ideias abstratas, que não necessitam provas empíricas ou laboratoriais, ou seja, a matéria filosófica é menos densa e mais artística.  

O termo FILOSOFIA significa "amor pela sabedoria", do grego "philos" (amor) e "sophia" (sabedoria). Em termos gerais, também podemos dizer que significa a busca pela verdade, os estudos das inquietações humanas, dos costumes, da ética e da moral, etc.  Pelo visto, o assunto é tão amplo que seria bobagem tentar enquadrá-lo numa caixa de definições, quanto mais tratá-lo numa simples crônica. Seria coisa de maluco, ou seja, filósofo, rsrsrs. 

A meu ver, o que melhor define a filosofia é seu caráter ATEMPORAL, ou seja, o fato de ser algo permanente, que não veio para ficar no ar uma temporada, como uma moda passageira. Na verdade já dura milhares de anos e esperemos que permaneça conosco até o fim dos tempos, se é que os tempos um dia terão fim (pronto, começamos a filosofar!). 

A filosofia é isso: duvidar sempre! Agregar ao intelecto, ou seja, à mente concreta, o CONHECIMENTO, que é mais do que um caminhão de informações. O Conhecimento é aquilo que separa o papel de ALUNO do papel de DISCÍPULO. 

O aluno se contenta em aprender fórmulas, decorar textos, armazenar informações para serem usadas de uma maneira inteligente, mas, mecânica, automática. O discípulo já tem a missão de pensar e analisar as coisas que estuda, de investigar a essência, de sentir cada disciplina como se fosse uma devoção, como algo que possa servir de suporte pessoal para quando chegar o momento de agir, e a ação, para o discípulo, não significa apenas executar, mas, SERVIR, ou seja: VIR A SER.     É bem diferente, não?

Também não tem nada a ver com a complexidade. O pensamento mais simples, como o caipira, por exemplo, pode ser altamente filosófico. 






É comum associar a filosofia com a civilização grega. Muitos dicionários chegam a localizar o início da filosofia no ano 600 a.c., a partir do qual florescem os grandes pensadores, cujo ápice foi registrado como sendo o quarteto nobre: Pitágoras, Sócrates, Platão e Aristóteles. Tudo bem, essa é mesma a grande influência presente no mundo cristão e ocidental, que contou com o auxílio luxuoso dos romanos. No entanto, houve outras que influenciaram de modo decisivo a nossa civilização, se assim podemos chamar esse balaio de gatos que é o planeta hoje. Pelo menos tres delas foram essenciais: A Índia, a China e o Egito. 

No próximo capítulo,  vamos nos aproveitar do conhecimento proveniente da Índia, para falarmos sobre um assunto muito importante: o campo de batalha interno do Homem. 

Bagavadguitá, em sânscrito, significa "a canção de deus"

O mundo astral pode ser como o paraíso ou o inferno. A escolha é nossa. 


sexta-feira, 5 de junho de 2015

Jimmy Webb, o gênio da música, poesia e orquestração

Costeira do Pirajubaé, o McCarthur Park de Floripa


A música norte americana é certamente a mais tocada no ocidente. 

Não estou dizendo que seja a melhor, supondo e já concluindo que quantidade não quer dizer qualidade. Além disso, estou convencido que arte não é comparável ou intercambiável entre si, tal como um pote de margarina ou pacote de sabão. No caso da música, menos ainda, por que se trata de algo completamente subjetivo, um produto que não pode ser julgado pelo público consumidor, pelo simples motivo de que o gosto musical é algo absolutamente pessoal. Eu posso achar o máximo uma sonata de Bethoveen, enquanto meu vizinho é capaz de dormir de tédio. O contrário pode acontecer, dele se entusiasmar com um xaxado do Luan Santana e eu tapar os buracos da fechadura do meu apartamento, para não deixar entrar o irritante som.  

Então, cada um compra e consome aquilo que gosta. Neste caso, sendo a música norte americana a mais tocada, e considerando que cada um compra o que gosta, concluímos que a maioria de nós ocidentais gostamos mais de música norte americana, e, portanto, ela seria melhor, pois não? 

Não! Mesmo que a maioria das canções norte americanas sejam as mais consumidas, isso não significa que são as melhores, senão que são as mais bem vendidas, do ponto de vista do marketing. Se eu coloco uma música como tema de um filme famoso, se a programo como trilha sonora importante da novela das nove horas, se encho as lojas de discos com este produto ou artista, parece certo que esse produto vai vender mais. Não por que seja melhor, mas, por que foi melhor trabalhado em termos mercadológicos. Em se tratando da força do mercado norte americano, qualquer margem extra conseguida nos demais países já passa a ser apenas um agregado, um lucro a mais, enquanto uma canção brasileira, por exemplo, vai encontrar muito mais dificuldades de competir dentro do nosso próprio país, imaginemos então a dificuldade de acessar mercados externos.  Além da barreira comercial, outros fatores culturais vão dificultar o acesso a esses mercados, a começar pela língua. Mas, ainda assim, não são poucos os produtos que ultrapassam as barreiras e chegam ao mercado externo, como aconteceu com o movimento da bossa nova, um estilo brasileiro que continua a fazer sucesso no mundo inteiro e particularmente nos Estados Unidos, o país do Jazz, ritmo no qual se inspirou a bossa nova. 

Ainda assim, é possível avaliar-se o produto musical com critérios bastante técnicos, o suficiente para distinguir o bom do ruim. Dou um exemplo: no ano de 1968 houve um festival internacional da canção, promovido pela Rede Globo. Na fase nacional, duas canções chegaram à grande final. Uma, altamente sofisticada, escrita por dois mestres, um da música propriamente dita, Tom Jobim, outro o seu parceiro Chico Buarque, um notório escritor de letras primorosas. A canção dos dois, chamada Sabiá, ganhou o prêmio do juri. Tratava-se de um poema sobre o exílio, musicalizado e arranjado de forma brilhante. Ao ser apresentada como vencedora, esta canção foi vaiada no ginásio Maracanazinho durante todo o tempo de sua apresentação, por uma orquestra sinfônica, e cantada pelas irmãs Cinara e Cibele, numa apresentação de nível excelente.  A outra canção que com ela foi à final era uma guarânia no melhor estilo chorão paraguaio, puxada por um violãozinho muito sem vergonha, tocado pelo seu compositor e cantor. O público a amou e ela foi o maior sucesso comercial do ano de 1968. Até hoje é aclamada pelo grande público. Seu nome: "Caminhando (pra não dizer que não falei das flores)" e seu cantor-compositor era Geraldo Vandré.  O que quero dizer com isso? Que "quem sabe faz a hora e não espera acontecer?".  Não, rsrsrs.  Na verdade, a questão do sucesso comercial depende de muitas variáveis e tem pouco vínculo com a qualidade. 

No caso da música norte americana, além das facilidades de apoio estrutural providas pela tremenda vantagem comercial do país, eles possuem verdadeira qualidade, derivada de sua vasta diversidade cultural, pois o país, tal qual o Brasil, é um dos mais miscigenados do mundo, um conclave de todas as raças e das principais tendências culturas do planeta. Já é meio caminho andado, né?  

Neste artigo, vamos apresentar tres canções de um verdadeiro ícone do século passado, o único artista a ganhar tres prêmios Grammy's em tres áreas diferentes, orquestração, poesia e música. Trata-se de um rapaz simples, nascido no centro geográfico do interior do país, Oklahoma, aclamado como um dos mais brilhantes artistas da música popular norte americana.


A primeira canção é "Up, Up and Away", um poema sobre o sonho fantasia de voar num balão, de onde o mundo parece ser um lugar melhor e mais bonito para se viver.




Você gostaria de voar no meu balão? 
Nós poderíamos flutuar juntos entre as estrelas, você e eu
Nós podemos voar.  
Fugir cada vez mais para cima e para mais distante.


O mundo é um lugar melhor no meu balão 
Ele tem um jeito mais agradável visto do meu bonito balão
Nós podemos cantar e navegar ao longo do céu cor de prata
Podemos voar. Fugir para longe. Meu lindo balão.

Suspenso sobre um suave crepúsculo
Vamos descobrir o caminho das nuvens, uma estrela poderá nos guiar
Se por acaso você quiser me amar
Nós encontraremos uma nuvem para nos esconder. 

Vamos manter a lua ao nosso lado 
O amor está esperando lá no meu balão 
Nosso amor está no ar 
Se você segurar minha mão, vamos perseguir o sonho através do céu.

Pois podemos voar. Podemos voar
Fugir para longe e cada vez mais alto
Meu lindo, meu bonito balão ...
Fugir para longe. Fugir para cima. 


A segunda canção, "By the Time I get to Phoenix", é uma crônica sobre a tragédia que representa uma simples separação entre dois amantes, algo que pode ser disparado com um simples bilhete, mas que marcará profundamente a vida por muito e muito tempo, talvez irreversivelmente, como uma viagem sem volta. 





Quando eu chegar em Phoenix
Ela estará acordando
E irá encontrar um bilhete
Que eu deixei pendurado na sua porta. 

Ela sorrirá e debochará do bilhete
Naquela parte quando eu digo
Que a estou deixando
Por que eu tantas vezes já a havia deixado antes.


Quando eu chegar em Albuquerque
Ela estará trabalhando e
Provavelmente dará um tempo para o almoço
E me telefonará.

Mas ela apenas irá escutar
O barulho surdo do 
Telefone tocando até desligar
E isso é tudo que haverá para ser ouvido !



Quando eu chegar em Oklahoma
Ela estará dormindo
Então, vai se virar lentamente para o lado
E chamar pelo meu nome.
Então ela irá chorar
Ao pensar que eu realmente me fui.

De tempos em tempos
Eu tentei dizer isso para ela. 





Mas ela nunca acreditou 
Ela simplesmente não sabia acreditar. 


A terceira canção, "McCarthur Park", é uma verdadeira obra prima composta em 1967 para o grupo The Association, que se assustou com o tamanho da canção e abandonou o projeto, originalmente pensado como uma opereta de 20 minutos de duração, completamente inviável do ponto de vista comercial. Foi a oportunidade de ouro que o ator Richard Harris aproveitou para se eternizar, assumindo a tarefa de enquadrá-la nos dez minutos atuais, amparados pela majestade da Orquestra Sinfônica de Londres. 



A primavera nunca esperou por nós, garota
Ela corria sempre um passo à frente
Enquanto seguíamos na dança
Entre as páginas que dividimos prensados
No quente ferro febril do amor
Como um par de calças listradas

O Parque MacArthur está derretendo no escuro
Todo o seu doce glacê verde escorrendo
Alguém deixou o bolo na chuva
Eu acho que não posso aguentar
Porque demorou tanto para assar
E eu jamais terei essa receita novamente
Oh, não!

Lembro-me do seu vestido de algodão amarelo
Espumando como uma onda
No chão, ao redor de seus joelhos
As aves, como meigos bebês em suas mãos
E os velhos jogando damas perto das árvores

O Parque MacArthur está derretendo no escuro
Todo o seu doce glacê verde escorrendo
Alguém deixou o bolo na chuva
Eu acho que não posso aguentar
Porque demorou tanto para assar
E eu jamais terei essa receita novamente
Oh, não!

Haverá uma outra canção para mim
Para que eu a cante?
Haverá um outro sonho para mim?
Alguém o trará?
Devo beber o vinho enquanto ele está quente
E nunca deixarei você me pegar olhando para o sol
Depois de todos os amores da minha vida
Depois de todos os sonhos da minha vida
Você ainda será o único

Eu tomarei a minha vida em minhas próprias mãos 
Provocarei a adoração nos olhos das pessoas comuns
Eu terei as coisas que desejar, mas te perderei
E minha paixão fluirá como rios pelo céu encantado do sucesso
E depois de todos os amores da minha vida
Depois de todos os sonhos da minha vida
Eu continuarei pensando em você
E me perguntando "por que?"

O Parque MacArthur está derretendo no escuro
Todo o seu doce glacê verde escorrendo
Alguém deixou o bolo na chuva
Eu acho que não posso aguentar
Porque demorou tanto para assar
E eu jamais terei essa receita novamente
Oh, não!
Oh, não!
Não, não
Oh, não!