Suponho que todos conhecemos uma
folha de cana de açúcar. Tente acariciar uma delas no sentido do caule para a
ponta. Uma delícia, não? A própria suavidade do tato humano em harmonia com a
estrutura botânica da planta. Agora, tente acariciá-la no sentido contrário.
Aspereza, rejeição, ferimento até. Assim é a relação eterna do bicho homem com
a natureza. Ou você se integra, obedecendo o fluxo da energia vital, ou se dá
mal...
Nos tempos modernos, perdemos grande
parte de nossa identificação com o mundo natural, tanto por que as crenças
humanas sempre foram no sentido de que lhe somos superiores, quanto pela
complexidade de uma sociedade urbana megalomaníaca, automatizada, desumana e
cruel. A vida nas grandes cidades tornou o bicho homem um prisioneiro de seus
próprios avanços. Quem pode se dar ao luxo de pisar na grama com os pés
descalços, numa cidade como São Paulo? Que trabalhador diário pode tomar um
banho de mar nas águas salgadas das várias e deliciosas praias do Rio de
Janeiro? A vida urbana e suas violências, sutis ou explícitas, nos condenou a
caminharmos apenas sobre esteiras de academias de ginástica.
Ao mesmo tempo em que os movimentos a
favor da ecologia avançam para o campo da política, surgindo representações
formais da luta pelo equilíbrio ambiental, não há notícia de que o respeito à
natureza tenha servido para introduzir a crença de que o Homem faz parte dela.
Sempre nos referimos à Natureza como algo distante, a ser observado, analisado
e no máximo defendido, mas, nunca considerado parte de nossa essência, como de
fato é.
Abraçar uma árvore é coisa de louco.
Falar com elas, então, é caso de internação imediata. Perceber a energia de
rochas minerais, como os cristais, só serve para bruxos. Os animais são
tratados como ferramentas inanimadas, cavalos para o serviço pesado, bois e
galinhas para matéria prima da indústria de alimentos industrializados, e como
tais devem ter o menor custo possível, para possibilitar maiores lucros ao
final da cadeia de produção. Animais domésticos servem para distrair crianças
ou amenizar a solidão adulta. Quando não estão neste papel, são armazenados em
cubículos sem vida. Nos esquecemos da lição de São Francisco, de que os animais
são nossos irmãos.
A monocultura em larga escala gera
grandes lucros para poucos produtores e exportadores de soja, por exemplo,
enquanto derruba todas as florestas, levando junto com elas os mananciais de
água. Não nos damos conta de que o desaparecimento das árvores reduz a fauna no
seu entorno. No interior das grandes plantações, verificamos que os pássaros
que restaram procuram as cidades para passarem a noite, pois só ali ainda
encontram o abrigo para pernoites e ninhos. Ainda nos maravilhamos com a
algazarra que fazem ao anoitecer, e não olhamos para o imenso cemitério rural onde
crescem os cereais feitos com sementes transgênicas, licenciadas a partir de
tecnologia detida apenas por dois ou três grandes corporações mundiais.
A presença do homem na Terra é
resultado da evolução ao longo de bilhões de anos, tão longa que não se pode sequer
considerar o tema TEMPO como algo definido, reconhecido e estabelecido como um
padrão. O bicho HOMEM é insignificante diante do próprio planeta, quanto mais
em relação ao desconhecido Universo. O fluxo da vida não pode ser detido.
Energia parada gera doenças. Quando se define um padrão fixo e se lhe
consideramos como uma lei estabelecida, estamos matando o fluxo da vida. Tudo é
mutável no Universo, desde o momento em que é gerado, seja uma estrela ou um
ser humano. Desrespeitar esta Lei da Natureza, é decretar o apressamento da
morte, mais rápida do que ela viria, com certeza.
Milhões de anos no caos deixaram a estabilidade como herança nos Andes, apesar das tempestades que estão sempre assolando essas montanhas aqui por Mendoza, província da Argentina, onde me encontro neste momento. Já na política, nós latino-americanos somos vítimas de velhas artimanhas e trapaças sem fim.
A invicta, gloriosa e democrática Universidade Federal de Santa Catarina anuncia um interessante seminário: "Jornadas Bolivarianas", e a propaganda do seminário diz que é "um novo jeito de discutir a América Latina". Novo? Pelo que me lembro, o bolivarianismo entrou na UFSC pela porta dos professores marxistas do departamento de economia, lá por 2004, nos primeiros anos Lula. Naquele tempo, o atual defunto Coronel Chavez bombava no sub continente e espalhava sua pregação neo socialista, substituindo a de Leonel Brizola e a sua opção "morena". Passadas menos de duas décadas da pedra fundacional do novo mundo socialista, a Venezuela conseguiu falir sua companhia de petróleo, queimar milhões de postos de trabalho, deixar desabastecido o mercado de bens básicos de sobrevivência, além de prender metade da oposição política, pelo simples motivo de serem contra o regime. O coronel Chavez trocou os juízes da suprema corte e fez outra constituição, na busca de um país a seu gosto. Mas morreu cedo, sem deixar muitas esperanças para os sempre sofridos e pobres venezuelanos. Em compensação, deixou em seu lugar um novo caudilho, o bigodudo ex caminhoneiro Maduro, que diz receber diariamente a visita de um passarinho, que em nome do coronel Chavez vem lhe contar as novidades do mundo astral e conceder o privilégio de repassar conselhos pessoais, principalmente quanto ao melhor modo de construir a "revolução bolivariana". Se falta papel higiênico nos super mercados, a culpa é da burguesia orientada a partir de Washington, com o propósito específico de fazer a contra revolução. Outra herança "bendita" deixada por Chaves, são as milícias revolucionárias, militantes de alta performance selecionados à dedo nas fileiras sindicais, estudantis e do assim chamado movimento popular. Essas pessoas ocupam cargos de confiança na estrutura do estado, afim de garantir o alinhamento ideológico e programático das ações governamentais com o ideário da revolução.
Lembra alguma semelhança com o PT de Lula e Dilma no governo brasileiro? Senão, vejamos. Uma ala neo trotskista do PT, sem paciência nem disposição para fundar o próprio partido, como fez o PSTU, ou com interesse em preservar as boquinhas (o que é mais provável), repercute uma nota de seus chefes em Paris, dando conta de que a comissão executiva da Quarta Internacional, uma organização do comunismo Trotskista, que considera o impedimento de Dilma como um golpe contra os trabalhadores brasileiros. Como se eles soubessem o que são trabalhadores ou o que são "brasileiros". Na outra ponta comunista, que se odeiam mutuamente, o comitê central do Stalinista PCdoB, sócios do PT na pilhagem do estado brasileiro, solta outra nota, agora em apoio ao ditador da Coreia do Norte, contra a ameaça "imperialista" norte americana, que está supostamente instalando armas nucleares na vizinha Coreia do Sul. Na área doméstica, o "movimento popular" leva com dinheiro público centenas de milhares de militantes a Brasília, incluindo curiosos cidadãos bolivianos, que, além de "bolivarianos", tiveram o azar de ter como presidente o corrupto Evo Morales. Lula se instala de mala e cuia em três suítes de um hotel 5 estrelas em Brasília, de onde articula a compra de apoio à Dilma, contra o impedimento. O governo amplia indefinidamente o déficit público, rodando edições sem fim do Diário Oficial, com liberações de verbas e nomeações de apaniguados dos deputados federais que se venderam. Alguma semelhança com os bolivarianos de Cristina Kirchner na Argentina?! Cristina e seus sócios no governo da Argentina fizeram tudo isso e muito mais. Mesmo assim, perderam a eleição há poucos meses. 80% a 20% dos votos válidos em Buenos Aires. Nos dias atuais, os militantes pelegos do ex governo de Cristina, tentam criar todo tipo de problema e constrangimento para o novo governo de Maurício Macri. Não é preciso ser profeta para adivinhar o que vai acontecer com qualquer governo que venha a substituir os bolivarianos no Brasil. Vamos comer o pão que o diabo amassou, mas é o único jeito de nos livrarmos desta praga que nos explora há 13 anos. Quanto a matriz Venezuelana, infelizmente é um caso à parte, bem mais grave e sangrento.
O ser humano apresenta-se com uma constituição setenária, ou seja, dividida em sete partes. A primeira, mais densa, é constituída de matéria mais palpável, sólida e visível. É a camada onde se concentra a maior quantidade de partículas atômicas no mesmo espaço. Corresponde ao mundo físico, como o vivenciamos no cotidiano. A segunda parcela é o campo etérico, uma aura energética que nos integra ao mundo extra-físico. Pelo corpo etérico somos alimentados de prana, a energia universal. Estes dois níveis de existência se exaurem com a morte. Dali pra cima, os mundos estão em planos mais espiritualizados e menos físicos, constituídos de energias mais sutis. Os dois planos mais imediatamente vizinhos da vida física no planeta são o mundo Astral e o Emocional (também chamado Mental Inferior). Estes são mundos da quarta dimensão, enquanto o nosso físico está na terceira dimensão. Para o terceiro e quarto plano vão as almas dos seres que morrem.
Este quaternário inferior forma a PERSONALIDADE humana, que é a parte que define nossas peculiaridades. Assim, quando uma pessoa morre e passa para o mundo astral, ela continua ligada ao que foi na última encarnação, assim como em todas as outras anteriores. O objetivo básico de cada encarnação é fazer um aprendizado, como parte do processo de EVOLUÇÃO, que nos conduz à divindade, através da eternidade. Um dos requisitos fundamentais para que se faça o aprendizado é um certo véu de esquecimento, que nos separa das memórias atávicas das vivências anteriores, através da habilidade do Livre Arbítrio, capaz de nos possibilitar seguir ou não o Plano de Vida que foi traçado a cada nova encarnação. Isso significa que numa vida podemos avançar no processo de evolução, ou simplesmente retroagir a um estágio anterior. Um suicídio, por exemplo, pode colocar o ser espiritual da pessoa numa posição milhares de anos para trás no caminho. A humanidade com um todo também pode acabar com a vida no planeta, através de uma hecatombe nuclear, por exemplo. Também é notória a injustiça que comanda a vida humana, com pessoas que tudo possuem e tudo pode, vivendo ao lado de outras que passam fome e carecem das condições básicas de sobrevivência. Tudo isso é provocado pelas incompetências humanas, mas, podem ser remediadas graças à grande generosidade das entidades divinas. A compaixão é o atributo maior da vida; e pode corrigir e eliminar karmas decorrentes do mau uso do livre arbítrio. Nada é definitivo, assim como nada é completamente instável. "Assim como é em cima, é embaixo", esta é a Lei fundamental do Universo, significando que há sempre uma ordem no caos universal.
A distribuição dos mundos como camadas é apenas para fins didáticos. Na prática, não é dado à mente racional humana o conhecimento de como as várias camadas se interconectam. Mas, é fácil compreender que as pessoas que passaram recentemente pelo fenômeno da morte, são as mais próximas do mundo físico. É por isso que algumas pessoas encarnadas, chamadas médiuns, possuem afinidades especiais com o mundo espiritual e podem estabelecer contatos com essas pessoas que já passaram ao mundo astral. A maioria dessas almas, apesar de estarem num mundo mais sutil, permanecem ligadas ao plano físico, através de identificação com seus hábitos, sentimentos, pensamentos e comportamentos enquanto no mundo físico, inclusive com muita saudade dos amigos e da família, vinculados ainda a questões pendentes, intrigas ou prazeres, etc. Os médiuns conseguem captar mensagens provenientes destas pessoas e transmiti-las para os que ainda se encontram no plano físico.
A INCORPORAÇÃO
O médium é o instrumento pelo qual a energia de um ser dos mundos Astral e acima se manifesta. Teoricamente, esta comunicação se dá por uma abertura chamada Tela Búdica, existente entre o corpo astral e o corpo etérico da pessoa que serve como médium, a qual tem essa abertura mais ativada do que as pessoas comuns. Este é um processo que exaure fisicamente o médium e lhe deixa consequências às vezes prejudiciais à sua vida cotidiana. Quando um médium permite a incorporação de um ser que está no campo do umbral, o inferno astral, ele se contamina com a energia daquele ser. E mais, nem sempre a mensagem transmitida terá o carimbo da autenticidade. Várias entidades das sombras se fazem passar por seres desencarnados e "baixam" sobre médiuns mal preparados, notadamente em rituais sem o cuidado essencial da preservação da qualidade espiritualista. Isso também é fácil de entender. Um espírito que se encontra em fase evolucional superior, não vai querer retornar ao mundo físico. Ao contrário, ele vai buscar elevar-se a planos cada vez mais altos, na busca do mundo causal, a porta de entrada para o verdadeiro mundo espiritual divino. Aqueles espíritos que se encontram ainda apegados às energias densas do mundo físico e suas emoções, a estes atrai mais a incorporação. Se o médium permite a qualquer espírito que se apresente, a possibilidade de incorporar-se, estará sujeito a toda sorte de influências físicas sobre si, além da péssima energia do mundo astral inferior, o limbo astral.
Há casos de médiuns que passaram a vida inteira fazendo o papel de intermediários, e deixaram obras importantíssimas para a humanidade, encarnando seres de dimensões superiores. Neste caso, médiuns como Chico Xavier, entre outros, que eram usados como psicógrafos, uma escrita automática ditada por entidades do mundo astral, mental ou mesmo causal, na fronteira entre alma e espírito. A psicografia é uma ponte para um nível superior de comunicação astral.
A CANALIZAÇÃO
Uma das coisas que diferencia o processo de psicografia do processo de canalização é a característica sempre consciente da segunda. Outra é que o processo se dá através da glândula pineal nos seres vivos, ao invés da chamada tela búdica da incorporação. Da glândula pineal, a mensagem passa direto ao chakra do coração, sem interferência da mente racional, responsável por muitas falências no processo de comunicação dos Mestres ascensionados para os pobres humanos no campo físico. Os cinco sentidos humanos não conseguem compreender aquilo que vem de uma dimensão superior, por isso é necessário eliminar sua interferência nas mensagens canalizadas. Esta é uma comunicação que diz respeito direto à Alma do ser encarnado, e não à sua mente concreta.
Todo ser humano é dotado de um recurso chamado Consciência. Ela está localizada entre o campo mental inferior e o superior, também chamado causal, a porta de entrada para o mundo espiritual divino. Corresponde ao âmbito da INTUIÇÃO, ao invés do pensamento racional. Através desta porta se dá o processo de canalização. Muitas vezes, esta é uma missão assumida pela pessoa no pacto reencarnatório e vai se manifestar na hora apropriada. Mas, também é possível adquirir-se esta capacidade por meio do treinamento e da disciplina psíquica. Qualquer médium que incorpora, pode passar a canalizar. A questão diferencial é a qualidade da mensagem. Se um espírito se apresenta e o médium percebe sua qualidade inferior, deve barrar sua entrada, mentalizar no campo concreto uma mensagem de paz e encaminhá-lo de volta a seu mundo. Não precisa aceitar sua incorporação. Um teste melhor seria examinar as sensações e impressões provocadas pelo material que está lhe sendo transmitido. Se o tom geral da informação é de elevação espiritual, se apresenta uma visão idealista e positiva na postura do canal comunicante, neste caso não restará dúvida de que se trata de um ser superior. Na mediunidade comum, só se pode atingir o plano imediatamente vizinho do físico, o plano Astral, mas, na canalização espiritual, existe uma expansão da mente, da consciência e da vontade. O médium, neste caso, é um canal entre vários planos, podendo passar mensagens de seres que estejam em planos superiores, como o mental e o causal.
Hoje em dia, os vários movimentos que estudam e praticam a espiritualidade humana estão sensíveis a esta diferenciação entre incorporação e canalização. Mesmo a Umbanda, defende que o melhor é a energia da canalização. Centros Espíritas seguem na mesma direção. As igrejas convencionais cristãs continuam achando que é "coisa do diabo". Paciência, não há o que fazer. A não ser esperar que a Era de Aquário revele mais coisas que ainda não sabemos.
O Sol atravessa 12 constelações zodiacais em um ano: Áries, Touro, Gêmeos, Câncer, Leão, Virgem, Libra, Escorpião, Sagitário, Capricórnio, Aquário e Peixes.
ERA ZODIACAL - O que é isso ?
Signo, do latim signu quer dizer SINAL. Acredita-se que eles reflitam a relação entre o Ser Humano e a Terra, apreendidas através da observação de eventos e fenômenos naturais, desde o início da vida no planeta. Assim como o Signo de uma pessoa lhe atribui alguns protótipos naturais, que vão ou não corresponder depois à sua experiência real, as Eras também são regidas por Signos, que atribuem a elas características próprias de seu modelo cósmico, o que os astrólogos chamam de "órbitas de influência".
A volta do sol em torno da Terra dura um pouco
mais de 365 dias. Na verdade são quase seis horas a mais. Quando o sol passa
pelo que seria a constelação de Áries, começa a primavera no hemisfério norte e
o outono no hemisfério sul. É o início do ano zodiacal. A partir deste ponto a Eclíptica é dividida
virtualmente em 12 partes, gerando os 12 signos zodiacais, 3 para cada estação
do ano. Como essa volta dura um pouco mais do que os 365 dias “fixos”, a hora
de início de um ciclo nunca será a mesma do ano anterior. Por esta razão, e por
causa do giro que a Terra dá sobre o próprio eixo, como um pião - o
ponto de início do ano zodiacal anda para trás 1 grau a cada 72 anos. Na verdade, este movimento retrógrado é tão lento, que para que o Sol se atrase o equivalente a um Signo completo, leva-se 2.156 anos. Esta é a duração de uma Era Zodiacal. Um ano sideral completo é a rotação retroativa do sol pelos 12 signos do zodíaco, ou seja, pelo conjunto das 12 Eras Zodiacais. Atrasando 1 grau a cada 72 anos, este grande ciclo leva 25.868 anos. É muito mais do que a história humana conseguiu registrar, e, no entanto, trata-se apenas de uma fagulha do tempo divino. O que nos resta concluir é que sabemos muito pouco sobre nós mesmos. O Homem é apenas um microcosmo do Universo, de modo que a afirmação esotérica "assim como é em cima, é embaixo", vem a ser uma das chaves para a humildade, algo necessário à compreensão de que a realidade vai um pouco mais além daquilo que vemos com os olhos.
ERA DE PEIXES A atual fase histórica da humanidade corresponde a transição da Era de Peixes para a Era de Aquário. A transição de uma Era para outra, também não é um evento fixo, com hora marcada. As características marcantes da era que se exaure, vão entrando em decadência e perdendo força, enquanto as da nova Era tentam se firmar e reunir poder para se tornar o novo paradigma, a nova ordem mundial. Os dois mil anos passados na Era de Peixes viu o apogeu do cristianismo, principalmente no mundo ocidental. Talvez não exatamente como tenha sido projetado pelo Mestre Jesus, mas, conforme foi construído pelos homens. O cristianismo deu o azar de ter sido adotado pelo império romano como sua religião oficial, uma forma de combater as influências pagânicas que vinham das tribos bárbaras europeias, que afinal acabaram por destruí-lo. Nesta oficialização, muitos dos ensinamentos originais de Jesus já se perderam, substituídos pelas necessidades políticas de preservação do estado romano. Depois da falência de Roma, a igreja católica não ficou muito tempo unida. Logo o patriarca de Constantinopla, atual Istambul (Turquia), proclamou a sua independência de Roma, fundando a igreja do oriente, atual Ortodoxa. Em seguida vieram as reformas protestantes de Lutero e Calvino. Logo a dissidência do rei da Inglaterra. Todos estes "rachas" atendiam motivações políticas e comportamentais, e cada um ampliou um pouco mais as diferenças entre os diversos cristianismos. A superstição e os dogmas foram remarcados a cada novo momento histórico. Constantinopla foi tomada pelos muçulmanos e a igreja ortodoxa teve que se reagrupar na Grécia e no norte da Europa, notadamente na Rússia, gerando mais cismas. A ordem era "Fé cega e faca amolada", usadas como ferramentas para o confronto político religioso. Embora Jesus tenha pregado o amor em sua plenitude, "não faças aos outros o que não queres que te façam", o que se viu neste período é a prevalência da intolerância em todos os níveis. Justamente ao contrário do protótipo de Peixes. Jesus foi o típico representante deste signo, que agrupa pessoas de natureza suave, compassivas, sensíveis aos sentimentos dos que os rodeiam, com posturas solidárias frente a qualquer tipo de problema, de boa índole, que se sacrificam pelos demais. Não oferecem qualquer perigo ou ameaça, tal como o comportamento de Jesus ao chegar em Jerusalém na semana de seu sacrifício: seguido por uma multidão de andarilhos, ao invés de um exército; montado em um jumento, no lugar de um cavalo guerreiro, decepcionou os líderes separatistas judeus que o queriam para rei guerreiro, o líder que iria libertar Israel do jugo romano. Jesus, ao contrário, não estava nem aí. "A Cezar o que é de Cezar, a Deus o que é de Deus". Sua postura mansa causou indignação em seu mais bem preparado apóstolo, do ponto de vista intelectual, o Judas Iscariotes; e talvez este tenha sido o real motivo da traição, e não os trinta dinheiros. Desta experiência recente, se compreende que nem sempre o protótipo modelo de uma Era Zodiacal atinge os resultados esperados. Será que o cristianismo falhou em sua missão, junto com a Era de Peixes? O que podemos afirmar com certeza é que a humanidade saiu melhor para esta transição com Aquário. A idade de Peixes, governada pelo protótipo da mansidão e pelo planeta Júpiter, da benevolência e da filantropia, substituiu a idade de Áries, governada por Marte, o deus da guerra. Que o digam os impérios sangrentos que ocuparam o mundo dois mil anos antes de Cristo. Peixes, a era da ilusão baseada na Fé, abriu caminho para a era de Aquário, que tem características originais inventivas, científicas e místicas. Se Peixes tratava a religião como fé dogmática incontestável, em Aquário a religião estará a serviço da ciência, e vice versa.
ERA DE AQUÁRIO
Desde os anos 1960, vem se formando uma onda que pretende modificar o atual estado de coisas da humanidade. O propósito não declarado nem formalizado deste movimento multi cultural é atingir um novo patamar de consciência, para uma nova forma de ser e agir, a serviço da vida no planeta. Não há aspecto do mundo moderno que não tenha sido tocado por esta visão de mundo, em diferentes planos como o artístico, o religioso, o ecológico, o psicológico, o econômico, o político, etc. Este movimento ganhou inclusive uma marca: NOVA ERA. Desnecessário se torna dizer que o nome desta nova era é AQUÁRIO.
Segundo alguns astrólogos e astrônomos, o Sol começou a viajar no grau inicial da constelação aquariana há mais ou menos 150 anos, justamente quando no campo religioso as figuras de Kardek e Blavatsky começaram a juntar de novo Oriente com Ocidente. Aspectos dessa união podem ser verificados quando o cristianismo começou a trabalhar com os conceitos de reencarnação e karma, tradicionalmente repelidos pelas igrejas convencionais no ocidente, enquanto o budismo oriental lança bases de estudos para aspectos racionais e científicos, que ajudam a explicar o mundo. Nos últimos cem anos, se produziu mais pensamento e mais inovação do que em toda a história da civilização. O foco do ser humano está deixando o plano físico e se elevando para o mental-espiritual. O mundo ocidental aprendeu a fazer meditação e o oriente está fabricando automação industrial. Isto nada mais é que o espírito de Aquário se impondo como o novo padrão. Sendo Aquário um signo de ar, científico e intelectual, a religião preponderante haverá de ser não dogmática, aberta e tolerante. O Sol adentrando paulatinamente mais para o centro da constelação aquariana, a Terra tenderá a visualizar melhor a transmissão das ondas espirituais, e não é difícil imaginar que se encontre uma explicação científica para a vida depois da morte, unindo ciência e religião. O medo da morte, uma das principais causas do desespero humano, será coisa do passado. A física quântica já está colocando abaixo as barreiras entre tempo e espaço. A medicina da nova era haverá de ser humana e espiritualizada, sem deixar de ser científica e racional. Neste sentido, estamos vendo o sucesso que fazem os pensadores, filósofos, religiosos e cientistas orientais nos principais países do ocidente, especialmente os indianos nos Estados Unidos e Europa. Há uma verdadeira integração de conhecimentos, inclusive religioso. O Papa Francisco de hoje não tem nada a ver com os Papas de cem anos atrás. "Haaa, mas tem o Estado Islâmico, os ditadores africanos, a fome e as demais desgraças pelo mundo afora". É verdade. Vamos levar mais uns 500 anos para chegar no apogeu de Aquário. Sim, haverá fome e ranger de dentes. Não pensemos que as forças das sombras se entregarão sem resistência. Mas, o caminho será trilhado. É a Lei.
A "ÚLTIMA CEIA" como TRANSIÇÃO
No ano de 1495, Leonardo da Vinci começou a pintar sua última obra para seu patrocinador, um nobre da cidade italiana de Milão. Era um afresco na parede da sala de refeições de um mosteiro na cidade. Chama-se "A Última Ceia" e retrata o Mestre Jesus em seu último encontro com os apóstolos. A obra é muito significativa como expressão das possibilidades de transição entre vários mundos e realidades. Jesus está no centro e, para cada um dos lados se reúnem dois grupos de apóstolos a conversarem, dois do lado escuro da sala (inconsciente, signos de meses frios) e os outros dois grupos no lado claro (consciente, signos de meses quentes no hemisfério norte). A cada signo do lado claro, corresponde um signo do lado escuro. Por exemplo: Leão, representado pelo segundo apóstolo da direita de Jesus no lado claro, é o signo do coração por excelência. Tiago Menor abre os braços em expansão, como raios, já que é regido pelo Sol. Completamente fiel a Jesus, não lhe parece cabível que o Mestre possa ser traído por alguém. Já seu oposto está representado pelo segundo apóstolo da esquerda para a direita, no lado escuro. Tiago Maior representa Aquário, o signo do cérebro. Ele está conspirando no ouvido de André, enquanto toca no ombro de Pedro, conclamando ambos a se juntarem, afim de fazerem a Revolução. Enquanto Leão se veste totalmente de verde, a cor da lealdade e do amor incondicional, Aquário se veste totalmente de vermelho, a cor da paixão. Isso evidencia que cada lado tem sempre seu oposto e que a evolução está no equilíbrio. Ao final da sala em perspectiva na obra, há três janelas abertas para o céu. Jesus nos convida a sair por aquelas janelas, mas, para fazer isso, a passagem ter que ser através dele, "ninguém vai ao Pai, a não ser por mim", ou seja, a porta para a libertação dos limites, impostos pela distorção ambígua dos lados conflitantes, é o AMOR. A lição que o Mestre Jesus tentou passar foi a do Amor, mas ele não conseguiu sucesso na sua implantação universal em seu tempo devido, embora as sementes tenham sido espalhadas. Aquário, a Era entrante, é regida pela casa dos ideais. Dos amigos que comungam das mesmas ideias. Neste sentido, a porta de passagem para a liberdade, continua sendo através do Amor.
Esta pintura representa o momento final de Jesus, antes de sua crucificação. Porém, é o momento em que se está também nascendo a Era de Peixes. A "Última Ceia" é a despedida de Jesus, para uma mudança de status. Sai do mundo dos "encarnados" para voltar para o "seu" mundo, provavelmente para o céu, o mundo átmico, dada sua condição espiritual. Nesta condição, ele não só tem poder para ir e vir na hora que achar necessário, assim como assumiu o papel de mentor espiritual da Era de Peixes. Então, na verdade, ele está se retirando pra valer apenas agora. Portanto, a "Última Ceia" pode ter sido concebida por Da Vinci, como representativa da transição de Peixes para Aquário. Jesus não voltará mais. Pelo simples fato de que ele nunca se foi. Sua presença messiânica no mundo físico, deu-se por resolução divina e tinha o propósito de permitir um salto quântico da humanidade, no caminho da evolução. Este salto seria dado na Era de Peixes, e, como proposta evolucional foi um sucesso. Para quem a aproveitou. Com o fim da Era de Peixes, Jesus vai coordenar outras missões de Luz, talvez em outros mundos. Seu papel para a Terra será assumido por outros mentores da Era de Aquário, que representarão um Avatar específico para este tempo vindouro. Com certeza, o catolicismo e seu complemento protestante não será o guia para a nova religiosidade do novo ciclo. Quando estava na cruz, Jesus pronunciou sua fase final: "Pai, por que me abandonastes?". Este é um dos principais pontos de discussão entre especialistas e teólogos cristãos. Jesus teria perdido a fé? Na interpretação de alguns, Jesus, na sua condição de membro da santíssima trindade, podia visualizar o resultado de seu esforço pessoal, através dos tempos. Ali, na hora extrema enquanto encarnado, soube que uma grande quantidade de espíritos continuariam na ignorância pelas eras infinitas. Não aproveitariam a oportunidade de dar o salto para o Amor, de fazer a passagem evolucional. E Jesus se lamentava por isso. Se formos observar, de fato os espíritos humanos, encarnados ou não, se encontram em diversas fases de evolução. Há os que sequer saíram da terceira raça e permanecem num nível de evolução semelhante ao dos lemurianos. Outros ainda não saíram de uma Atlântida decadente da quarta raça. Mas, felizmente já há muitas almas iluminadas encarnando nos tempos atuais, em fases bem adiantadas da quinta raça, como certas crianças que estamos vendo chegar a este mundo nestes dias. A humanidade será sempre assim, multi facetada e incongruente em seus vários aspectos espirituais. Ainda que a salvação seja oferecida para todos, sempre haverá os espíritos que irão preferir continuar nas trevas. Outro dogma cristão recorrente é sobre um certo julgamento final. Jesus não vai julgar ninguém. Há um julgamento, sim, mas ele é feito pela própria consciência de cada um. A cada novo patamar de evolução, sobe o nível de auto exigência espiritual. A cada nova oportunidade de reencarnação, há uma nova chance, com um novo projeto de vida, que depois será confrontado com o resultado final. Não há como fugir da responsabilidade. Evoluir é estar sempre olhando para si mesmo.