quinta-feira, 14 de março de 2019

A BIOLOGIA DA CRENÇA


toda forma de amor vale a pena
O que vou dizer aqui é um apanhado do que entendi ser a mensagem principal do autor norte americano Bruce Lipton, que começou sua carreira em universidades pequenas dos EUA até atingir o grau máximo de professor titular da Universidade Stanford, Califórnia,   uma das instituições de ensino e pesquisa mais qualificadas do planeta. 

Em 2005, o professor Bruce Lipton lançou o livro Biologia da Crença, onde defende a ideia de que os genes e o DNA não controlam nossa biologia, conforme enunciado pelo determinismo genético da Escola Darwinista, mas que os genes e o DNA são controlados por sinais externos, incluindo as mensagens energéticas que emanam de nossos pensamentos. Este novo conceito unifica a biologia celular com a física quântica, para mostrar que o nosso corpo pode mudar se mudarmos o nosso pensamento, de forma positiva ou negativa. Esta nova abordagem científica sugere que os estímulos de energia que recebemos do ambiente podem determinar a nossa qualidade de vida.



A formação de CRENÇAS segue um roteiro mais ou menos padrão: a pessoa inicialmente percebe que tem CONVICÇÕES, construídas por herança familiar ou por suas próprias reflexões, as quais, junto com pensamentos complexos e palavras pronunciadas, acabam por provocar certas AÇÕES naturais desta pessoa frente ao mundo em que vive. Com o passar do tempo, isso vira um HÁBITO, de modo que o Ser não chega sequer a perceber que daí vieram os seus VALORES DE VIDA.  

Alguns conceitos da chamada "biologia celular" de Lipton encontram ressonância em outros autores da Nova Era, principalmente em Robert Willian, que estuda a reprogramação psico-física através de técnicas de auto cura psicológica, e Bert Hellinger, o ex padre alemão que estruturou o conjunto de técnicas, hoje na moda, chamado Constelação Familiar. 

A mensagem básica de Lipton, que ainda choca o ambiente científico tradicional, é que a herança genética não é o que determina nossa vida, mas sim o conjunto complexo de nossos pensamentos, formando um campo sistêmico de experiências pessoais construídas na forma de crenças. As crenças pessoais na verdade é o que rege a vida,  o sucesso ou fracasso das individualidades, ou seja, nós, os seres humanos. Além disso, e talvez por conta disso, estamos todos submetidos como indivíduos a um campo de influência que nos aprisiona inconscientemente a um sistema de força: A FAMÍLIA. Segundo Bert Hellinger, os antepassados seguem emanando influências de bem e mal  por até 300 anos depois da morte do ser emanador, de acordo com sua importância no papel e na vida de cada um de seus descendentes.

É fácil perceber que algumas pessoas de nosso convívio apresentam personalidade fácil e apaziguadora, enquanto outras são pesadas e difíceis. Não há explicação razoável para isso, senão a herança atávica dos antepassados, ou seja, o  LEGADO FAMILIAR. Uma herança leve facilita o encontro de momentos felizes, sem dúvida. 

Num sistema de valores como o LEGADO FAMILIAR, a aceitação de um novo membro ou uma nova crença é uma AMEAÇA ao equilíbrio. Por isso, alguns noivos ou novas companheiras de membros do Sistema são rejeitados, até o ponto de causar infelicidade e penúria emocional a todos. As regras do sistema familiar combatem qualquer intrusão. Qualquer mudança exige a PERMISSÃO do Sistema, através de suas autoridades máximas, o Pai e a Mãe. Hoje há grande conflito no interior das famílias, por que raras pessoas honram verdadeiramente o pai e a mãe. No máximo aceitam de araque seus papéis, para evitar conflitos desnecessários. Mas, a regra de ouro do Sistema é que cada pessoa teve o Pai-Mãe que precisava e merecia. O Pai representa a direção, o apontar de caminhos, enquanto a Mãe representa a própria vida, de modo que só se chega ao Pai pelo portal da Mãe. Romper com a Mãe, significa perder também o Pai. Quanto mais distante da Mãe, mais distante da vida. Mesmo nos casos em que pai e mãe físicos não foram exatamente os mais indicados, é preciso honrá-los. Segundo Bert Hellinger, é preciso ir além da dor ... sublimar e construir uma relação de equilíbrio, mesmo quando o Ser foi abandonado e entregue para doação. Por mais que se honre os pais adotivos, é preciso reencontrar o equilíbrio com aqueles que verdadeiramente doaram o bem maior, a vida. Contraditoriamente com o senso comum, a figura pai-mãe não é aquele que cria, mas sim o que verdadeiramente gerou o novo ser.   

O processo de mudança pessoal sempre será feito a partir de uma reprogramação de crenças. Para isso, existem algumas condições básicas:

  • Obter autorização, mesmo que apenas na condição de indivíduo isolado do sistema familiar.
  • Respeitar as hierarquias.
  • Honrar os antepassados.
  • Aceitar incondicionalmente a entidade Pai-Mãe. 
  • Respeitar o Sistema de legado familiar e suas regras e ritos.
Só então, o indivíduo estará autorizado a reprogramar suas crenças. Ao trabalhar suas novas crenças, a pessoa deve fazer exercícios diários e estar atenta para algumas regras práticas, que facilitam a absorção interna dos novos valores:

  • Formular a nova crença sempre em modo positivo e no tempo presente. Por exemplo: eu abandono o cigarro. 
  • Formular crenças que não sejam prejudiciais a terceiros ou ao meio ambiente ecológico-social.
A reprogramação de crenças obedece sempre a lógica de que é possível transformar a realidade, qualquer que seja ela. 

A crença inicial e básica é esta, que deve ser sempre reforçada e nunca abandonada:

  • EU ME AMO INCONDICIONALMENTE 
  • E ME ACEITO ASSIM COMO SOU
Parece contraditório para quem quer mudar, não é? 
Na verdade, a postura de se aceitar é básica para qualquer mudança. 


Espetáculo de 2010. Eu estou no naipe dos baixos. 

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