sábado, 15 de setembro de 2012

Nossa linda juventude



Quando vejo a atuação de alguns históricos militantes ou ocupantes de cargos na estrutura do governo federal, fico cada vez mais perplexo. Como pode o ser humano mudar tanto? Antes de assumir a representação do poder, éramos todos unidos em torno da causa democrática, contra a ditadura militar. As várias tendências políticas de esquerda, leninistas, trotskistas, stanilistas, maoistas, enfim, todos os "istas" se agrupavam na luta contra a repressão do estado. No período da guerrilha, várias ações foram organizadas como frentes aliadas, onde os ativistas pertenciam a várias organizações diferentes, caso típico do sequestro do embaixador norte americano, fartamente mostrado em filme de grande sucesso inspirado no episódio.



Agora não! O que há é uma grande divisão por influência e poder na máquina do Estado, a serviço principalmente da máquina partidária, com seus líderes negociando todos os negócios que envolvem o Estado, independentemente da questão ética ou moral. Isso já está resolvido na cabeça dos mandatários de representação popular ou de cargos executivos. Em grande parte, estes se confundem, algo que só tem no Brasil, bahhh, o sujeito se elege deputado federal, mas, assumindo um Ministério qualquer, deixa sua vaga para o inexpressivo suplente que está na fila esperando há muito tempo... Com o detalhe que o titular pode voltar na hora que quiser, de modo que o suplente vai fazer tudo que lhe seja ordenado, como ordenança fosse, para não perder a boquinha. Tô falando alguma bobagem...?



  

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