sábado, 29 de outubro de 2016

Município de TIGRE, um paraíso no delta do Rio Paraná





O Rio de La Plata na verdade não é um rio.  Assim como o Guaíba, que em muito menor proporção banha Porto Alegre e outras cidades da região metropolitana, o estuário da Plata é a uniäo de diversos rios, entre eles os tres gigantes Rio Paraguai, Rio Uruguai e Rio Paraná. Todos nascem em diferentes pontos no Brasil.  

Os rios Paraguai e Paraná já se juntaram bem antes, perto de Corrientes, ao norte da Argentina. As terras e sedimentos de todos os tipos que os três grandes rios vão carregando ao longo de milhares de quiômetros, desde 90 milhões de anos para trás, são os responsáveis pela formação das ilhas que estão num trecho à margem direita do estuário, defronte a cidade de Tigre. As ilhas estäo justapostas em pequenas distâncias, que formam canais naturais, pântanos e lagoas. A regiäo é riquíssima em pescados, fauna e flora aquífera e terrestre. 

Quando os europeus chegaram aqui, pouco depois do descobrimento da América, a região sofria grande influência dos índios guaranis, que normalmente habitam mais ao norte, mas são por natureza nômades. Os costumes e a língua guarani se mesclaram com os dos índios naturais do lugar, os Chanás, mestres na canoagem, que passaram a chamar o território pelo nome guarani de Carapachay, que significa "braço de rio". Pouco antes da guerra de independência da Argentina, iniciada em 1810,  os ingleses ocuparam a área e houve grandes batalhas para desalojá-los. 

A onda migratória a partir de 1850 trouxe agricultores italianos, que passaram a cultivar frutas, além dos ítens necessários para sua sobrevivência. Principalmente laranjas e pêssegos eram exportados para Buenos Aires, através do Porto dos Frutos, que hoje é uma grande atração turística.  Por volta de 1950, o Delta viveu seu esplendor, quando a cidade de Tigre virou sede de vários clubes náuticos e de campo, assim como viu construírem imponentes casas de veraneio dos milionários porteños, que preferiam o cálido clima local às águas geladas da distante costa oceânica. 

Atualmente, o turismo dá mostras de reação, mas, segundo os especialistas e historiadores locais, não se compara com o que já foi no passado recente, antes da ditadura militar de 1976, quando a área começou a entrar em decadência.






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