terça-feira, 7 de agosto de 2012

Maganos e pais da pátria

O que vou dizer vai chocar muita gente, especialmente os que se consideram portadores da boa nova, os antigos emancipadores do proletariado, stalinistas e leninistas em geral, que acham Lula o novo messias que veio para fazer a felicidade do povo. Na verdade, o governo do PT não passa de uma fajuta social democracia, reformista e corrupta como todas as demais da nossa história. Eles odeiam o pessoal do PSDB por que são irmãos siameses. A diferença é que os tucanos assumiam abertamente sua aliança com os bandidos do PFL, enquanto os petistas procuram comprar seus bandidos particulares, como demonstrou cabalmente a prática do famigerado Mensalão, ora em julgamento na suprema corte, e que vem sendo negado pelos maganos do partido e advogados de porta de cadeia, mesmo que tenham sido ministros do próprio tribunal superior ou do primeiro escalão governamental.     

O que me chama a atenção neste momento político é a onda saudosista dos tempos da ditadura militar. Volta e meia recebo algum email ou postagem nas redes sociais, enaltecendo aqueles tempos como ícone de honestidade e progresso, quando, na verdade foi um tempo obscuro, onde o terrorismo de estado arruinava famílias trabalhadoras e íntegras, como a do escritor Marcelo Rubens Paiva. Também tenho visto alguns carros ostentando adesivo com a frase "Tenho saudade dos militares". Eu também. Éramos muito felizes naquela época. A sensação do perigo nos colocava a todos como irmãos, os militantes do movimento social. Nossos artistas se inspiravam na luta democrática e produziram as melhores obras de suas carreiras. Chico Buarque nunca mais foi o mesmo, por exemplo.   



Mas, numa coisa esses saudosistas dos anos de chumbo estão certos. Os militares tinham comportamento absolutamente diferente dos maganos de hoje. Tirando o joio que sempre existe em qualquer aglomeramento de humanos, a disciplina militar impunha respeito e dificultava as práticas da corrupção aberta de hoje, como nos demonstra a CPI do senhor Cachoeira. Imaginem a cena de testemunhas em silêncio diante de uma corte militar! Ninguém era doido o suficiente para isso.

A gestão das instâncias governamentais era exercida diretamente pelos altos comandantes militares, que podiam tudo. Nem por isso saíram milionários de seus governos, como os dirigentes atuais, inclusive o senhor Lula.  Figueiredo, por exemplo, terminou seus dias num apartamento de classe média alta, deixando poucos bens para a viúva, além da metade de seu soldo de general da reserva. Geisel foi um exemplo de seriedade e respeito pelo dinheiro público. Consta que um parente seu, ao ocupar cargo de confiança no terceiro ou quarto escalão, aceitou um presente de certo empresário. Geisel ficou sabendo e telefonou furioso para o tal parente, que se desculpou e prometeu não repetir o erro. Geisel lhe teria respondido "Sobre isso não há dúvida alguma, por que você já está demitido".

Atitude muito diferente da galhofa democrática do "toma lá, dá cá"  inaugurada ou retomada por Sarney, que virou padrão ético de todas as gestões seguintes. Entretanto, o que me causa mais revolta é a esculachada fanfarronice com o bolso alheio. É bolsa família, bolsa ditadura, passe do idoso, brasil carinhoso, etc e tal, tudo com nosso suado imposto, um dos mais altos do mundo, embora tenhamos serviços de quinta categoria. Já disse um magano da ditadura, atual aliado dos petistas, que o país deveria se chamar Belíndia, impostos da Bélgica com serviços públicos da Índia. Como cantou o grande Luiz Gonzaga, o rei do baião, que estaria completando cem anos: "Uma esmola para um pobre que é são, ou lhe mata de vergonha, ou vicia o cidadão".

Lula, este senhor picareta que continua mandando no governo dos petistas, e quer agora eleger um poste como prefeito de São Paulo, em sua busca alucinada pelo poder hegemônico, ao inaugurar um hospital do SUS no interior do nordeste, disse que aquilo era tão bom que tinha vontade de ficar doente, só para poder ser tratado ali. Deus atendeu sua prece e lhe mandou um câncer, mas, ele não foi se tratar no SUS. Ao contrário, está se tratando no hospital mais caro da América Latina, por nossa conta, é claro, sendo  internado a cada quinze ou trinta dias, por que sua doença é kármica e não sei se vai se curar, apesar de ter a seu favor a minha e a torcidade de todo o povo brasileiro, como qualquer ser humano, mesmo um bandido faroleiro como ele.


Um comentário:

  1. Parabéns Laércio, admiro tua coragem em pisar neste campo minado com a altivez e respeito a tua consciência. Abs

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