sábado, 12 de maio de 2012

Strawbery Fields Forever









"Living is easy with eyes closed,
Misunderstanding all you see.
It's getting hard to be someone,
But it all works out;
It doesn't matter much to me."



Era o "lado B" do mega sucesso de 1967, PennyLane.   Ali, os Beatles começavam a mudar a história do Rock, introduzindo arranjos especiais de orquestras ao fundo da canções, usando violinos e instrumentos sinfônicos, inaugurando um estilo que viria desaguar  nos rock progressivos como Pink Froyd. A canção  Strawberry Fields era inspirada num internato na cidade de Liverpool, vizinho do qual morou John Lennon durante parte de sua infância atormentada e pobre.  Observando a vida das crianças que lá moravam, Lennon chegou a conclusão de que aquilo não era nada do que ele esperava da sua própria vida.  As cenas que presenciou ficaram marcadas por toda a sua curta vida de astro do show business, que tão bem usou para quebrar paradigmas e divulgar a nova era, em atitudes e versos anti militaristas, como a declaração polêmica de que os Beatles eram mais populares do que Jesus Cristo (e eram mesmo), ou que "a felicidade é uma arma quente", durante a fase mais propagandista que empreendeu com sua mulher japonesa, Yoko Ono, desfraldando a bandeira máxima do movimento hippie "Faça Amor, Não Faça Guerra", enquanto com ela pousava em camas públicas e dava entrevistas bombásticas à TV americana, defendendo os Vietcongs, por exemplo, que venceram a guerra contra a maior potência militar do planeta, nem tanto por suas potencialidades bélicas, que eram muitas, mas, principalmente por conta da reação da opinião pública interna nos Estados Unidos. 

John Lennon foi um daqueles ídolos que já não se fazem mais. Inspirou uma quantidade sem fim de seguidores, inclusive no Brasil. Os roqueiros Rita Lee e os Mutantes, tropicalistas como Gilberto Gil e Caetano, gaúchos como Vitor Ramil, paranaenses-paraguaios como o Blindagem, mineiros como Milton Nascimento e todo o Clube da Esquina, além dos cearenses Fagner e Belquior, etc, e até mesmo parceiros ingleses que fariam um som diferente a partir dos anos setenta. Pronto! O Rock and Roll não era mais o ritmo negro inventado pelos escravos norte americanos ao longo do delta e da foz do Mississipi, nos anos pós guerra civil de 1860. Agora tínhamos um som universal. 

O ponto máximo da carreira de John Lennon, na minha opinião, foi a desesperada canção que fez em homenagem à própria mãe, com quem teve uma relação mais do que problemática. 











Um comentário: