Videiras Torrontés, especialidade de Salta. |
Deu na televisão a morte de um brasileiro que tentava escalar um vulcão no Chile. Mais um, infelizmente. Quantos jovens brasileiros já se foram nessas aventuras que nos são estranhas, visto que não temos neves nem vulcões... Por que não vão cruzar o deserto, mais ao norte? Por que não vão assistir às Peñas de folclore chileno em Santiago, onde pontificam las cuecas, que nada têm a ver com a vestimenta interior dos homens, senão com o ritmo festivo daquele país apertado entre os Andes e o Pacífico, apenas e tão somente alguns duzentos quilômetros de largura. Nada disso! O que move a juventude é o desafio! É uma pena, sem ñ, por que não é fácil repor um engenheiro da Petrobrás, muito embora qualquer vida, pelo simples fato de existir, seja perda irreparável.
Há alguns anos atrás encontrei-me com um desses petroleiros andantes, num ride que eu fazia pelos interior da província de Salta, na Argentina. Ele estava na mesma excursão ao deserto de Cafayate, ao lado das vinhas de um dos melhores vinhos branco do mundo, o Torrontés. Esse vinho foi desenvolvido na França, porém não deu certo por lá, só vindo a florescer nestes vales secos e gelados da província de Salta. É levemente gaseificado, como o vinho verde português.
Voltando ao nosso assunto, eu conversava animadamente com todos os demais integrantes do passeio, cidadãos de diversas nacionalidades, tentando todos nós falarmos a língua castelhana, para divertimento da índiazinha guia que nos acompanhava. De repente, numa parada, se aproxima de mim um casal, uma bela loira falando espanhol e um rapaz que fala perfeito português, com sotaque nordestino: "Tú é de onde?" Eu me surpreendi: "Ora, viva, um brasileiro!" . Então ele me contou que eles passam 15 dias trabalhando embarcados numa plataforma petrolífera, depois têm 15 dias de folga. O que fazer com tanto tempo livre? Alguns acham que é interessante conhecer lugares estranhos, como o deserto de Cafayate ou o Vulcão de Villarica, ambos lugares totalmente fora dos roteiros turísticos normais.
Eu também prefiro esses destinos, ao invés dos tradicionais Buenos Aires (para compras), Miami (para compras) e Nova Yorque (para compras). E quem não quer comprar nada, como é que fica?
"Haaa, aí tem Paris e Londres", me responde um agente de turismo. OK, eu não quero fazer compras, mas também não sou milionário... Alguém já viu algum pacote turístico para Salta ou Paraguai? (Não confundir com Foz do Iguaçu, para mais compras). Por isso admiro essa gente que aproveita seus quinze dias de folga para conhecer algo diferente.
Voltando ao nosso assunto, eu conversava animadamente com todos os demais integrantes do passeio, cidadãos de diversas nacionalidades, tentando todos nós falarmos a língua castelhana, para divertimento da índiazinha guia que nos acompanhava. De repente, numa parada, se aproxima de mim um casal, uma bela loira falando espanhol e um rapaz que fala perfeito português, com sotaque nordestino: "Tú é de onde?" Eu me surpreendi: "Ora, viva, um brasileiro!" . Então ele me contou que eles passam 15 dias trabalhando embarcados numa plataforma petrolífera, depois têm 15 dias de folga. O que fazer com tanto tempo livre? Alguns acham que é interessante conhecer lugares estranhos, como o deserto de Cafayate ou o Vulcão de Villarica, ambos lugares totalmente fora dos roteiros turísticos normais.
Eu também prefiro esses destinos, ao invés dos tradicionais Buenos Aires (para compras), Miami (para compras) e Nova Yorque (para compras). E quem não quer comprar nada, como é que fica?
"Haaa, aí tem Paris e Londres", me responde um agente de turismo. OK, eu não quero fazer compras, mas também não sou milionário... Alguém já viu algum pacote turístico para Salta ou Paraguai? (Não confundir com Foz do Iguaçu, para mais compras). Por isso admiro essa gente que aproveita seus quinze dias de folga para conhecer algo diferente.
Confrontei a foto do rapaz que morreu na escalada do vulcão. Não me pareceu que fosse a pessoa que eu conheci naquele passeio pelo deserto andino, a dois mil metros de altitude no norte da Argentina.
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