terça-feira, 25 de junho de 2013

Quebrando a cara em Nimes




Consultei meu guia "Toda França" e escolhi ficar na cidade de Nimes, onde cheguei no trem de seis da tarde, o sol alegre do pré-verão ainda brilhando. A cidade correspondia a tudo que eu havia lido e mais um pouco, talvez a mais bem  preservada das ex-colônias românicas que eu tenha visitado. A limpeza das ruas e calçadas era de impressionar japonês, quanto mais alguém acostumado com as cidades sul-americanas, como eu! Quem sabe fosse coisa típica do maio ainda primaveril, mas, o perfume que eu sentia no ar, comum nas cidades do interior da França, em Nimes rescendia à alfazema. Caminhei prazerosamente por mais de uma hora, para esticar as pernas. De volta à pousada baratinha que encontrara, tomei meu banho tipicamente francês, aquele em que, para lavar a barriga, você tem que colocar a bunda pra fora da cortina que protege a ducha presa na parede.






Saí pra comprar uma garrafa de vinho e celebrar a minha primeira noite em território inimigo, digo, francês. Foi quando percebi que os supermercados e mercearias fecham às 6 da tarde e que padaria não vende vinho. Coisa de país atrasado, deve ser, né? Sem deixar cair o astral, estava voltando para perto do hotel quando vi um posto de gasolina, com uma pequena janelinha onde ficava um pequenino oriental, que deveria estar lá pra receber a grana dos abastecimentos. Nas prateleiras a seu lado brilhavam centenas de garrafas de vinho, iluminadas pelas luzes fluorescentes. Não tive dúvidas e parti célere pra escolher uma ou duas, quando dei com o nariz de encontro a uma parede. Caramba! A tal loja era de vidro e estava fechada, como todas as demais que vendem bebidas alcoólicas! O chinesinho só balbuciou "sang..., sang..." e me ofereceu um pacotinho de algodão. 


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